“O sector automóvel não vai aguentar"

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Enric Vives Rubio

O secretário-geral da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA) afirmou que "o sector automóvel não vai aguentar" o aumento de impostos previsto na proposta de Orçamento do Estado para 2016.

"O sector automóvel não vai aguentar. Em vez de se dividir o mal pelas aldeias, o sector automóvel foi marcado como um alvo a abater", declarou Jorge Neves da Silva, criticando as opções "políticas" do Governo de aumentar o Imposto sobre Veículos (ISV), imposto pago uma única vez, que incide sobre a primeira matrícula de um veículo em Portugal, e o Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).

O ISP vai aumentar seis cêntimos por litro na gasolina sem chumbo e no gasóleo rodoviário, de acordo com a proposta do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) entregue hoje no parlamento, enquanto o ISV vai aumentar em 3% na componente cilindrada e entre 10% e 20% na componente ambiental.

Em declarações à Lusa, Neves da Silva lamentou que "muita gente considere o automóvel um bem de luxo", considerando que a mobilidade vai sair afectada com as novas medidas.

É um ataque terrível", sublinhou, acrescentando que "vai ser muito mais difícil aceder ao automóvel quer na aquisição, quer na manutenção".

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, admitiu baixar o Imposto sobre os Produtos Petrolífero (ISP) se o preço do petróleo subir, desde que consiga a mesma receita fiscal através do IVA.

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