O que pedem os parceiros sociais

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Fábio Augusto

UGT: 550 euros podem ser base de acordo
A UGT tem como objectivo colocar o salário mínimo nos 565 euros em 2017, mas admite que possa ser um valor inferior (ou até mesmo abaixo dos 557 euros) desde que a meta de 600 euros até final da legislatura não seja posta em causa. A central sindical diz que 550 euros podem ser “um bom ponto de partida” para a discussão de um acordo amplo, que dê resposta às necessidades dos trabalhadores. A UGT está muito empenhada num acordo que inclua a evolução do salário mínimo até 2020.

CGTP: 600 euros já em 2017
Foi o primeiro parceiro social a colocar uma proposta em cima da mesa: 600 euros em 2017. Em entrevista ao PÚBLICO o líder da CGTP, Arménio Carlos, deixou claro que, se saltarem outras propostas para cima da mesa, nunca aceitarão valores inferiores aos 557 euros previstos no programa do Governo. Embora esteja disponível para conversas, a CGTP não faz questão que haja acordo de concertação social, porque defende que o importante é o salário mínimo ser aumentado, pelo menos, em linha com o programado pelo executivo.

CIP: abertura para ir além dos 540 euros
A confederação da indústria defende que o acordo para o aumento do salário mínimo em 2016, assinado no início do ano, já prevê indicadores que devem ser tidos em conta na evolução da retribuição mínima: produtividade, inflação e evolução da economia. O valor aponta para 540 euros, mas a CIP admite “evoluir um pouco mais”, tendo em conta as necessidades dos trabalhadores. Está muita empenhada num acordo de médio prazo que, além do salário mínimo inclua outras questões, nomeadamente o crescimento e o emprego.

CCP: 540 euros é o limite
A confederação que representa o comércio e os serviços considera que não há condições para o salário mínimo ir além dos 540 euros. Este foi o valor encontrado tendo em conta os indicadores previstos no acordo assinado em Janeiro de 2016. Há abertura para negociar valores diferentes, desde que o Governo apresente contrapropostas que compensem as empresas. A CCP diz que não há condições para um acordo apenas sobre salário mínimo e está disponível para discutir entendimento mais amplo.

CTP: disponível para acordo com incentivos ao investimento
Sem apresentar um valor de partida, a confederação do turismo diz que está disponível para assinar um acordo a médio/longo prazo para o salário mínimo, desde que inclua medidas de incentivo ao investimento e à capitalização das empresas e desde que não haja mudanças na legislação em vigor.

CAP: nem 557, nem 600 euros
A confederação que representa o sector da agricultura não apresenta uma proposta para o salário mínimo, mas deixa claro que não aceitará os 557 euros do programa do Governo, e muito menos os 600 euros pedidos pela CGTP. A CAP duvida que haja condições para um acordo, mas ainda assim continuará na mesa das negociações.

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