O que está a afectar os mercados

Em todo o Mundo

- A economia mundial tem dado sinais de abrandamento. Até há algumas semanas, as atenções estavam principalmente centradas nos mercados emergentes, nomeadamente na dificuldade da China em garantir uma alteração suave do seu modelo de crescimento económico, mas agora surgem sinais também nos Estados Unidos e na Europa de que a retoma pode não estar ainda garantida.

- Os preços do petróleo continuam a cair e ainda não é certo até que preço pode ir o barril de petróleo nos mercados mundiais. Esta tendência, embora possa trazer benefícios para os países que importam petróleo, é uma fonte de preocupações para as economias que dependem das suas exportações de energia e gera ainda mais volatilidade nos mercados financeiros.

- O sector bancário é claramente aquele que mais está a ser afectado pela turbulência nos mercados. Uma das preocupações dos investidores está relacionada com as novas regras de resolução bancária implementadas na zona euro, que podem significar, no caso de queda de um banco, uma maior probabilidade de os accionistas, credores e mesmo grandes depositantes suportarem perdas.

Em Portugal

- Apesar de ter conseguido evitar que a sua proposta de Orçamento do Estado para este ano fosse classificada como estando em “incumprimento particularmente sério”, o Governo não escapou às críticas das autoridades europeias, que dizem haver ainda “um risco de incumprimento”. Neste cenário, os mercados podem ver com apreensão, não só a evolução das finanças públicas portuguesas, como a possibilidade de um conflito permanente entre Lisboa e Bruxelas. Para Maio, está já marcada uma avaliação às contas de 2015, ano em que Portugal não conseguiu sair do défice excessivo e deixou subir o défice estrutural, podendo ser pedidas novas medidas para este ano.

- Apenas uma agência de rating, a DBRS, atribui uma classificação a Portugal acima de risco. Existe o receio que esta agência possa baixar a sua nota, o que colocaria o país fora do programa de compra de activos do BCE.

- Depois dos casos BES e Banif, os bancos portugueses estão também na primeira linha das preocupações dos mercados com o sector na zona euro.

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