Número de desempregados inscritos no IEFP cai para níveis do final de 2011

Em Outubro, havia 605 mil desempregados registados nos centros de emprego, valor semelhante ao que se verificava antes de a crise ter impactos mais profundos.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu para níveis do final de 2011, quando os impactos mais graves da crise ainda estavam para chegar. Os dados divulgados este sábado pelo Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) mostram que havia, no final de Outubro, 605 mil desempregados registados, um valor praticamente igual ao que fora apurado há três anos.

O desemprego registado nos centros de emprego do país no mês passado vem confirmar a tendência de redução que vem sendo verificada praticamente desde o início do ano. Os 605 mil inscritos correspondem a um recuo de 12,9% face ao período homólogo de 2013 e um desagravamento de 1,8% face ao mês anterior. Estes dados ampliam em alguns pontos percentuais os desempenhos que tinham sido apurados em Setembro.

Se análise for feita apenas para os dados de Outubro, verifica-se que se inscreveram nos centros de emprego 73.375 pessoas, menos 7,5% face ao ano anterior e -4,3% face a Setembro. Também aqui, a evolução é superior à do mês anterior. Ao longo do mês, as colocações aumentaram 20,9% face a Outubro de 2013, para 10.408, e as ofertas de emprego aumentaram 2,1% para 15.261.

O instituto refere que o maior volume de ofertas de emprego teve origem nas actividades imobiliárias, administrativas e de serviços de apoio (15,8%), seguindo-se o comércio por grosso e a retalho (14,7%),  a administração pública (10,4%) e o alojamento e restauração (10%).

Os dados divulgados este sábado mostram, por outro lado, que continua a ser mais fácil encontrar emprego no caso dos jovens (-15,1% de inscritos) e menos entre os adultos (-12,5%). Já no que respeita ao tempo de inscrição, assinala o IEFP, o número de desempregados inscritos há menos de um ano recuou 19,1% enquanto entre os desempregados de longa duração essa percentagem cai para 5,7%.

O fim dos contratos de trabalho não permanente continua a ser o principal motivo de inscrição nas delegações do IEFP, representando cerca de 40% do total de desempregados registados. Surgem, na segunda posição, os estudantes que acabaram os seus cursos e não encontraram colocação (11,2%) e o despedimento (10,1%).

Por regiões, é o Algarve que apresenta o melhor desempenho em Outubro, com o desemprego registado a recuar quase 20%, para 22.864. O segundo melhor desempenho é apurado na região Centro, que viu os cadernos oficiais encolherem cerca de 14%. O pior registo chega da Madeira, onde o número de desempregados caiu apenas 3,9%, cerca de um terço da média nacional.

O IEFP revela, também, que o número de casais desempregados fixou-se nos 11.563 em Outubro, menos 7,6% em termos homólogos e um recuo de 1,5% face a Setembro, mês em que o número de casais em que marido e mulher estavam sem colocação ascendia a 11.739.

De acordo com as estatísticas mensais do IEFP, o número de casais em que ambos os cônjuges estão registados como desempregados diminuiu em 957 face a Outubro de 2013. Relativamente a Setembro, registaram-se menos 176 casais no desemprego.

"Do total de desempregados casados ou união de facto, 23.126 (8,5%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no centro de emprego", adianta o instituto.

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