Num ano, a avaliação bancária das habitações caiu 67 euros por metro quadrado
Avaliação da habitação feita pelos bancos mantém-se em queda há oito meses consecutivos
O valor médio de avaliação bancária da habitação fixou-se, em Novembro, em 1021 euros por metro quadrado, menos 0,5%, ou cinco euros, face a Outubro. Em termos homólogos, a queda é negativa em 6,2%, o que corresponde a menos 67,47 euros por metro quadrado.
O valor divulgado esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) resulta da avaliação dos imóveis feita pelos bancos no âmbito dos contratos de concessão de crédito à habitação e traduz o aperto de critérios das instituições financeiras na concessão de novos empréstimos.
O decréscimo do valor médio de Novembro “esteve particularmente associado a uma diminuição mais intensa do valor médio relativo a apartamentos, que passou de uma variação mensal negativa de 0,3%, em Outubro, para uma variação negativa de 0,8%, em Novembro”, destaca o INE.
A maioria das regiões registou, em Novembro, taxas de variação mais negativas do que no mês anterior. Nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, as variações mensais foram negativas em 0,7% e 0,2% em Novembro, respectivamente. As variações homólogas foram igualmente negativas: 7,7% na Área Metropolitana de Lisboa e 6,9%, na Área Metropolitana do Porto.
A região de Lisboa e a Região Autónoma dos Açores registaram as diminuições homólogas mais significativas, sendo negativas em 7,7% e 14,2%, respectivamente. E variações mensais negativas de 8,5% e de 13,0%.
Por segmentos, os apartamentos registaram um valor médio de 1049 euros por metro quadrado, uma redução de 0,8% face a Outubro, “fortemente influenciada pelas variações registadas nas regiões do Norte (-0,8%), do Centro (-0,9%) e de Lisboa (-0,7%). Face a Novembro do ano passado, o valor médio para os apartamentos diminuiu 6,3%.
Nas moradias, para o total do país, o valor médio de avaliação bancária atingiu os 972 euros por metro quadrado, um aumento de 0,1% face a Outubro. As regiões do Norte, do Centro, dos Açores e da Madeira apresentaram variações mensais positivas neste segmento.
As restantes registaram quebras, “tendo o mais intenso sido observado na região de Lisboa (variação de -1,2%), para um valor de avaliação de 1275 euros o metro quadrado”.
