A companhia norte-americana de telecomunicações, AT&T fechou, na passada sexta-feira, um acordo com a empresa sul-americana Inmobiliaria Carso, detida por Carlos Slim, para comprar 8% da operadora mexicana América Móvil, por 5,565 milhões de dólares (cerca de 4.065 milhões de euros).

Com o negócio, Carlos Slim, o magnata mexicano que já detinha a maioria do capital da América Móvil, passa a deter 60,8% da empresa. O acordo contempla a compra de acções classe AA, que dão direitos aos accionistas na nomeação das equipas de gestão e que estão avaliadas em 5,739 milhões de dólares (cerca de 4,192 milhões de euros), bem como de acções de classe L, no valor de 72,8 milhões de dólares (aproximadamente 53,8 milhões de euros).

Com a concretização deste acordo, a norte-americana AT&T deixa assim de deter qualquer participação na empresa.

No passado dia 25 de Junho, a empresa sul-americana informou que irá criar um comité para avaliar respostas às reformas no sector de telecomunicações mexicano, que pretendem reduzir a grande influência da companhia, que detém já 80% do mercado de telefones fixos e uma quota de 70% no móvel, noticiou a agência Reuters na semana passada.

A América Móvil fechou o primeiro trimestre deste ano com um aumento de 1,3% nas receitas, comparativamente ao ano anterior, totalizando assim 195,4 mil milhões de pesos mexicanos (cerca de 566 milhões euros).

A empresa viu ainda o número de acessos aos seus serviços a subir para cerca de 343 milhões, o que perfaz mais 4,5% do valor alcançado no mesmo período do ano passado. Este valor inclui 272,2 milhões de subscritores do serviço de wireless, 31,4 milhões que aderiram às linhas de telefone fixo, 19,6 milhões em acessos de banda larga e ainda 19,7 milhões que subscreveram o serviço de televisão paga.

Fundada em 2000, a empresa de telecomunicações mexicana dedica-se principalmente às actividades de telefone fixo e móvel, banda larga, serviços de internet, televisão digital e serviços de rede. A empresa detém operações não só no México, mas também noutros países como os Estados Unidos, Brasil e Jamaica, constituindo-se já como a principal operadora sul-americana.

Texto editado por Raquel Almeida Correia