"Mudanças de paradigma exigem tempo"

Banco de Portugal, Conselho das Finanças Públicas e Fundação Calouste Gulbenkian organizam esta segunda feira conferência sobre reforma do Estado.

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Não se pode fazer reformas de cima para baixo, sem o envolvimento das pessoas, disse Carlos costa PÚBLICO

Tentar corrigir problemas acumuladas ao longo de muitos anos num curto espaço "é irrealista", defendeu esta segunda-feira o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Na intervenção de abertura da conferência "Para uma reforma abrangente da organização e gestão do sector público", Carlos Costa avisou que a mudança de paradigma como a que é necessária no sector público português "exigem tempo, método e recursos". "Há que construir uma visão. Temos de saber onde queremos chegar e como queremos lá chegar", disse.

Outro alerta deixado pelo governador do Banco de Portugal foi o de que não se poder fazer reformas de cima para baixo, sem o envolvimento das pessoas que fazem parte das organizações a reformar. "Delegação e responsabilização dos gestores e chefes de projecto é um imperativo", explicou.

A conferência - organizada pelo Banco de Portugal, Conselho das Finanças Públicas e Fundação Calouste Gulbenkian - vai discutir durante os primeiros dias desta semana modelos de reforma do sector público, recorrendo a exemplos de outros países. "Se os suecos, australianos e canadianos puderam, porque é que nós não podemos? Certamente que podemos", concluiu Carlos Costa.
 
 

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