Ministro Caldeira Cabral diz que economia "está frágil" e pede ajuda às empresas

O investimento será "a forte prioridade" diz o ministro da Economia de António Costa

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Empresas devem ser competitivas pela inovação e não pelos baixos salários, defende o ministro da Economia Adriano Miranda

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou esta terça-feira que "a recuperação da economia está ainda frágil", pelo que o papel das empresas "é fundamental" para criar emprego e acelerar o crescimento.

Manuel Caldeira Cabral, que falava em Lisboa na abertura da conferência do Dinheiro Vivo sobre o "Papel das Empresas na Recuperação da Economia", disse que o novo Governo "assume mudança política, com prioridade ao crescimento económico, redução do desemprego e das desigualdades", pelo que "é urgente criar mais e melhor emprego e acelerar crescimento económico".

Para o novo ministro, o investimento "será a forte prioridade" e o papel das empresas "tem de ser o factor principal" pela sua capacidade "de assumir riscos que podem criar valor, criar emprego e aumentar a produtividade".

Para Caldeira Cabral, "não cabe ao Estado" o papel das empresas, "mas da mesma forma que não cabe ao Governo fazer o que é papel das empresas também não podemos esperar que sejam as empresas a fazer o que é papel do Estado".

O responsável frisou que "um país não é uma empresa, é um conjunto de empresas" e que uma "empresa tem de escolher os colaboradores que melhor servem os seus objetivos", enquanto o país "não escolhe os seus cidadãos, mas tem de arranjar resposta para todos".

"Vivemos um momento com muitas incertezas, com enormes desafios para Portugal", adiantou Caldeira Cabral, acrescentando que o actual Governo "terá de lidar com dificuldades e restrições internas e externas que limitam o leque de acções", mas assume que está confiante "no projecto mobilizador" que o executivo propõe para o país.

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