Mark Zuckerberg, o homem dos 33 mil milhões

A fortuna do fundador do Facebook já vale mais do que a dos dois criadores do Google.

Na passada quinta-feira, na bolsa de Nova Iorque, alguém viu a participação financeira que detém valorizar-se 1600 milhões de dólares. Não, não foi nenhum dos tubarões de Wall Street, muito menos um fundo de capital de risco que tanto pode estar sedeado em Seattle como em Charleston e que, de repente, numa jogada ao estilo Las Vegas ou Atlantic City, faz um full no casino... da bolsa.

Foi um homem de 30 anos quem registou tal proeza. E que, com isso, ultrapassou a fortuna individual dos dois criadores do Google. Chama-se Mark Zuckerberg e é o fundador do Facebook. Num só dia, viu a fortuna crescer para 33 mil milhões de dólares, o que o coloca na 16ª posição da lista de bilionários elaborada pela agência Bloomberg, que continua a ser liderada por Bill Gates, que fundou a Microsoft, seguido de Carlos Slim, o imperador mexicano das telecomunicações.

A fortuna de Zuckerberg disparou porque o Facebook apresentou resultados trimestrais acima das expectativas. E as acções soltaram-se em Nova Iorque. Os investidores não andam a dormir e perceberam que, para além da árvore (lucros de cerca de 800 milhões de dólares, uma bagatela...), há uma floresta que não pode ser desprezada.

O Facebook entrou em bolsa há dois anos com um preço base de 38 dólares. Passados dois meses, valia praticamente metade. Foi um sururu do tamanho do mundo. As notícias focavam-se nas dificuldades que a rede tinha para se impor no apetitoso mercado dos novos dispositivos móveis com que a indústria nos vai brindando mês após mês. E Zuckerberg era crucificado por ter sido guloso demais, fazendo finca-pé para que a companhia que dirige conseguisse uma estreia a valer o número mágico dos 100 mil milhões de dólares.

Ora o que os resultados do segundo trimestre vêm mostrar é precisamente que o Facebook está a impor-se no mercado dos dispositivos móveis a uma velocidade que ninguém acreditava ser possível. E já representa quase 6% da facturação de publicidade mundial neste meio, quando há um ano ficava-se pelos 4,1%. Do alto dos 33,3 mil milhões de dólares que a sua fortuna vale, Zuckerberg deve estar a rir-se, ele que, apesar dos seus singelos 30 anos, mostrou ser já um gestor experimentado e nunca cedeu à tentação de responder aos críticos. É por isso que cresce a convicção de que já não deve faltar muito para se tornar o homem mais rico do mundo. Num ano, as acções da rede social deram um pulo de 183%.

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