Maria Luís Albuquerque não descarta que Portugal também prescinda de programa cautelar

Anúncio do governo irlandês de prescindir de um programa cautelar marca reunião do Eurogrupo.

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Os impostos diferidos já há vários meses justificavam prolongadas negociações entre o Governo e o sector bancário enric vives-rubio

A ministra das Finanças disse nesta quinta-feira em Bruxelas que “não faz sentido descartar” a possibilidade de Portugal também decidir, em 2014, sair do programa de ajustamento sem solicitar um programa cautelar, tal como decidiu a Irlanda.

No final de uma reunião do Eurogrupo, marcada pelo anúncio do governo irlandês de prescindir de um programa cautelar para regressar ao mercado, Maria Luís Albuquerque evitou fazer ligações entre a decisão de Dublin e aquela que o Governo português vier a tomar, sustentando que, a sete meses da conclusão do programa, é “prematuro” traçar cenários, mas sublinhou que a saída da Irlanda sem programa é “encorajadora” e não afectará a solução que Portugal vier a analisar com os seus parceiros europeus.

No entanto, a ministra fez também questão de desdramatizar a eventual opção, de Portugal, por um programa cautelar, considerando que tal não representará necessariamente uma "medida de insucesso" e pode ser antes vista como "uma medida de prudência", além de um programa cautelar ser "claramente uma evolução favorável" relativamente a um programa de assistência, pois ocorre num cenário de acesso regular ao mercado.

 

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