Mais de 22% dos desempregados voltaram a trabalhar no segundo trimestre

Dados do Eurostat mostram que o fluxo entre o desemprego e o emprego em Portugal apresenta piores resultados do que em 2015, mas continua acima da média da UE.

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Mercado de trabalho tem estado a recuperar em Portugal Adriano Miranda

Portugal está entre os nove países da União Europeia (UE) onde os fluxos entre o desemprego e o emprego do primeiro para o segundo trimestre de 2016 apresentaram resultados piores do que os registados em 2015. De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat nesta sexta-feira, 22,4% das pessoas que estavam sem emprego no primeiro trimestre de 2016 conseguiram voltar ao mercado de trabalho no trimestre seguinte, abaixo dos 25% registados no mesmo período de 2015.

Ainda assim, Portugal continua acima da média europeia, onde 19,5% dos desempregados voltaram a trabalhar (acima dos 18,7% verificados no período homólogo).

O Eurostat destaca que do total de pessoas que estavam desempregadas no primeiro trimestre, 63,2% (12,6 milhões de pessoas) permaneciam desempregadas no trimestre seguinte, enquanto 19,5% (3,9 milhões) encontraram trabalho e 17,3% (3,5 milhões) tornaram-se inactivos (estudantes, pensionistas e outras pessoas que não trabalham e não estão disponíveis para procurar emprego).

E entre as pessoas que estavam empregadas, 97,3% (170,8 milhões) mantinham-se nessa situação, 1,2% (dois milhões) passaram ao desemprego e 1,6% (2,7 milhões) transitaram para a inactividade.

Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que o mercado de trabalho em Portugal está a recuperar. Depois de baixar para 10,8% no segundo trimestre, a taxa de desemprego voltou a cair no período de Julho a Setembro para 10,5% da população activa, recuando também o número de pessoas no desemprego de longa duração.

Ao mesmo tempo, também se registou um crescimento no emprego, com um aumento de 59 mil postos de trabalho em relação ao trimestre anterior e mais 86,2 mil do que no período homólogo.

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