Ao longo de 2013, os 30 maiores bancos da Europa reduziram em 80 mil pessoas o número total de funcionários, segundo números compilados pela agência Reuters. Os cortes correspondem 3,5% da força de trabalho.

O italiano Unicredit foi o que mais reduziu o número de funcionários, contribuindo só este banco para mais de 10% do total. Foram dispensadas 8490 pessoas, na sequência de uma operação de externalização de serviços relacionados com tecnologias de informação.

Já o belga KBC, em dificuldades financeiras, vendeu várias subsidiárias, reduzindo em 7938 funcionários o número total de trabalhadores.

Também os bancos em Espanha, onde o sector recebeu no ano passado uma ajuda financeira internacional em torno dos 41 milhões de euros, levaram a cabo reduções significativas. O Bankia – formado a partir de vários bancos regionais – cortou 23% dos funcionários, uma medida que fazia parte das condições para acesso aos fundos do resgate e que acompanhou o fecho de 37% das agências. O BBVA operou uma redução semelhante, embora o número se deva em parte à venda das operações na América Latina.

Entre as instituições analisadas pela Reuters, apenas três aumentaram o número de funcionários: o britânico Barclays, o sueco Handelsbanken e o alemão Deutsche Bank. No total, mais 770 pessoas.

Nesta semana, a Reuters tinha já noticiado que os maiores bancos europeus fecharam 5300 balcões no ano passado.

Os bancos portugueses não fazem parte da análise da Reuters, mas também há vários casos de cortes de pessoal. O Banif, por exemplo, anunciou recentemente o fecho de 60 balcões até ao final do ano e a saída de 300 pessoas. Em 2013, a Caixa Geral de Depósitos encerrou 60 agências e terminou o ano com menos 500 trabalhadores. E o BCP, no
âmbito de uma reestruturação imposta pelo empréstimo que recebeu do Estado, anunciou uma redução de 1080 trabalhadores até 2017, para além de cortes salariais.