Lufthansa apresenta nova proposta a pilotos mas foi rejeitada

A companhia aérea alemã apresentou uma proposta de aumento salarial para os pilotos que foi rejeitada horas depois. Só esta sexta-feira foram cancelados 830 voos devido à greve dos pilotos da Lufthansa.

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AFP/ARNE DEDERT

A companhia aérea alemã Lufthansa melhorou esta sexta-feira a proposta de aumento salarial para os pilotos, passando-a de 2,5% para 4,4%, com vista a resolver um diferendo que já levou a várias greves. No entanto, o sindicato dos pilotos da companhia aérea rejeitou a proposta.

Segundo a proposta divulgada esta sexta-feira pela empresa, o aumento seria em duas fases, com uma subida de 2,4% em 2016 e outro de 2% em 2017. Os pilotos receberiam também um pagamento único equivalente a quase dois meses de salário.

Os pilotos da companhia estão em greve desde quarta-feira, a 14.ª paralisação desde Abril de 2014. A greve levou esta sexta-feira ao cancelamento de 830 voos na Alemanha e na Europa e para sábado foi anunciada a anulação de 137 voos, dos quais 88 são ligações intercontinentais.

Desde quarta-feira que a greve, convocada pelo sindicato Cockpit, provocou o cancelamento de 2755 voos, afectando 345.000 passageiros.

A companhia aérea quer também aumentar gradualmente a idade média de reforma dos pilotos até 2018 para 60 anos, em vez dos actuais 59 anos, à semelhança do que já acontece com a Lufthansa Cargo e com a companhia de baixo custo Germanwings.

Cada dia de greve custa à Lufthansa cerca de dez milhões de euros, segundo o jornal Bild.

Apesar da rejeição da proposta, o sindicato informou que não tem planos para mais greves para lá de sábado, cita a Reuters. Sobre a oferta em concreto, os representantes dos pilotos referem que o que foi proposto não tem nada de novo ao apresentado há dois meses apelidando o comunicado da Lufthansa de “acção de relações públicas”.

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