Lucros da Mota Engil aumentam 50% para 31,1 milhões

Empresa acredita ter a melhor proposta na privatização da EGF, que pretende internacionalizar.

Foto
“A nossa expectativa é muito elevada", disse o presidente da Mota Engil sobre a compra da EGF PÚBLICO/Arquivo

O grupo Mota-Engil registou um resultado líquido positivo de 31,1 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 50% face ao período homólogo de 2013.

"Trata-se de um crescimento sólido e robusto, com um resultado líquido a crescer de forma expressiva", afirmou o presidente executivo do grupo, Gonçalo Moura Martins nesta quinta-feira, na apresentação de resultados semestrais.

O volume de negócios do grupo registou, nos primeiros seis meses do ano, um crescimento de 7,9%, para 1122 milhões de euros, devido à "excelente performance fora da Europa, nomeadamente, em África (mais 28,6%) e na América Latina (mais 23,5%)".

No que diz respeito ao EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) este registou uma subida de 20,4%, fixando-se nos 194,7 milhões de euros, enquanto o EBIT cresceu 17,9%, para os 120,1 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano.

A carteira de encomendas da Mota-Engil ascendeu a 3,8 mil milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, acima dos 3,4 mil milhões de euros de igual período de 2013.

Gonçalo Moura Martins considerou que o grupo tem "a melhor proposta" para a privatização da EGF, a holding do grupo Águas de Portugal (AdP) para o sector dos resíduos. “A nossa expectativa é muito elevada", acrescentou o presidente da Mota-Engil.

Questionado sobre qual a rentabilidade que a EGF pode trazer para o grupo, Gonçalo Moura Martins enumerou as mais-valias da Mota Engil que, no seu entender, poderão pesar na decisão final. "Temos resíduos em Angola, Moçambique, México, vamos entrar no Brasil. Temos um plano estratégico neste negócio e sabemos levar negócios, competências, pessoas treinadas e engenharia, para fora. E temos isso para a EGF", ressalvou. "Sabemos o que queremos para a EGF e queremos que seja um navio almirante para um processo de internacionalização", disse ainda.

O Governo anunciou a 31 de Julho que recebeu quatro propostas vinculativas dos candidatos à privatização da EGF, de um lote de sete candidatos que passaram à segunda fase de privatização.

O grupo português DST, o grupo belga de resíduos industriais Indaver, a SUMA, constituída pela Mota-Engil e Urbaser, e a espanhola FCC continuam na corrida à privatização da EGF, confirmaram à Lusa fontes ligadas à operação.

Sugerir correcção
Comentar