Lucro da Inditex cai no primeiro semestre para 928 milhões de euros

Durante o semestre, a Inditex abriu 120 lojas em 40 mercados, elevando o total de lojas para 6460, distribuídas por 88 países.

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Roupa da Zara vai começar a ser vendida no centro comercial virtual Tmall, da chinesa Alibaba ADRIANO MIRANDA

O lucro da espanhola Inditex, dona da Zara, recuou 2,4% no primeiro semestre fiscal, para 928 milhões de euros. Segundo a informação apresentada ao mercado pela empresa nesta quarta-feira, as vendas subiram 6% para mais de oito mil milhões de euros, mas foram afectadas pela apreciação do euro face às outras divisas.

Sem o impacto das taxas de câmbio, o crescimento de vendas nas lojas e através da Internet foi de 11%, diz a empresa liderada por Amancio Ortega no comunicado divulgado através do regulador do mercado de capitais espanhol.

Os custos operacionais também subiram (6% para cerca de três mil milhões de euros), reflectindo essencialmente os custos de abertura de novos espaços comerciais. Durante o semestre, a Inditex abriu 120 lojas em 40 mercados, elevando o total de lojas para 6460, distribuídas por 88 países. A empresa prevê investir este ano 1350 milhões de euros.

Quanto ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (EBITDA), caiu 0,4%, para 1617 milhões de euros. Nos últimos 12 meses, a empresa galega, que além da Zara tem ainda a Massimo Dutti, a Stradivarius, a Pull & Bear e a Bershka, criou oito mil novos postos de trabalho, dos quais 1200 em Espanha.

A Inditex refere que o seu plano de expansão das vendas por Internet está em linha com o previsto e, depois de no início do mês ter lançado a loja online da Zara no México, prepara-se para fazê-lo na Coreia do Sul, já na próxima semana. Na agenda da Inditex para Outubro está também a venda dos produtos da Zara através do centro comercial virtual Tmall, que pertence ao gigante chinês do comércio electrónico Alibaba.

O mercado espanhol manteve-se responsável por cerca de um quinto das vendas do grupo e a Europa por cerca de 45%. Os mercados asiáticos representaram quase 22% do volume de negócios, cabendo uma fatia de 13% ao continente americano.

Todas as marcas do grupo registaram crescimento de vendas, com a Zara a liderar em termos de volume de negócios: 5206 milhões, que traduzem um aumento de 4% face ao período homólogo.

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