Lucro da NOS cai 39,8% no segundo trimestre

Custos operacionais de 12,6 milhões de euros relacionados com a fusão Zon/Optimus pesam no resultado.

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A Nos é controlada pela ZOPT, sociedade partilhada pela Sonae e pela empresária angolana José Maria Ferreira/Arquivo

O resultado líquido da NOS caiu 39,8% no segundo trimestre do ano, para 18,4 milhões de euros. Num comunicado divulgado nesta quarta-feira, a empresa liderada por Miguel Almeida atribui a evolução do resultado aos custos relacionados com a fusão entre a Zon e a Optimus (actual NOS) e o lançamento da nova marca, que atingiram 12,6 milhões de euros. Sem estes custos não recorrentes, a empresa teria “um ligeiro crescimento” do resultado líquido, lê-se no comunicado.

As receitas da NOS aumentaram 2,3% face ao primeiro trimestre, mas caíram 3,4%, para 345 milhões de euros, quando comparadas com o segundo trimestre do ano passado. O lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) recuou 4,8%, para 133,6 milhões de euros, em termos homólogos.

O investimento total aumentou 33%, para 88,6 milhões de euros, e a dívida financeira líquida atingiu 969,2 milhões.

Segundo o comunicado, em Junho a empresa prestava mais de 7,29 milhões de serviços (um aumento de 0,8% face ao período homólogo), “registando um crescimento recorde de RGUs [unidades geradoras de receita] de 80 mil” no segundo trimestre.

A NOS destaca o desempenho da sua oferta convergente (voz, televisão e Internet), que ultrapassou em três trimestres um milhão de serviços, “com adições líquidas de 451,9 mil serviços no segundo trimestre”.

Para este desempenho contribuiu “o significativo crescimento de serviços móveis”, explicou a empresa. Neste segmento, a NOS captou 108,7 mil novos clientes (chegando a um total de 3,34 milhões) e o número de clientes pós-pagos aumentou cerca de 38% (1,27 milhões).

Na plataforma IRIS, registaram-se 62,7 mil novos clientes, elevando o total para 561 mil. A NOS refere também que o serviço de televisão por subscrição registou uma diminuição de 19 mil clientes, ainda reflectindo o remédio imposto pela Autoridade da Concorrência para autorizar a fusão, que libertou das cláusulas de fidelização os clientes de televisão da Optimus. Já no serviço de televisão por satélite (DTH) houve um “abrandamento do ritmo de perda de clientes para 1,9 mil”

Quanto ao segmento empresarial, a NOS refere “um grande dinamismo nas diferentes áreas” e adianta que o número de serviços cresceu 6%, ultrapassando um milhão de serviços de televisão, Internet e móvel.

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