Lucro da Mota-Engil dispara para 64 milhões com venda da Tertir

Volume de negócios aumentou 5,4% no primeiro trimestre, para 509,7 milhões de euros.

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Actividade na América Latina cresceu 28% nos primeiros três meses. Dário Cruz/arquivo

O lucro da Mota-Engil disparou para 64 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, face a 2015, quando tinha sido de 3,4 milhões de euros, informou esta terça-feira a empresa.

"O crescimento justifica-se pela mais-valia da alienação da actividade portuária e logística, assim como pela resiliência na performance operacional e melhoria da performance financeira", refere a Mota-Engil.

A alienação da Tertir representou um encaixe bruto de 245 milhões de euros e gerou uma mais-valia de 63 milhões de euros, de acordo com os resultados apresentados.

O volume de negócios aumentou 5,4% para 509,78 milhões de euros, "um valor inédito na produção do grupo num primeiro trimestre, período tradicionalmente prejudicado pelo efeito da sazonalidade", destaca.

O crescimento da actividade foi acompanhado pelo crescimento do EBITDA (ganhos antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) em 4,5% para 68,4 milhões de euros, mantendo a margem operacional em linha com o ano anterior em 13,4%.

De acordo com a Mota-Engil, os mercados da América Latina e Europa registaram os maiores crescimentos (28% e 6,0%, respectivamente).

Com o crescimento da facturação na América Latina em 28,0%, com o aumento de todos os segmentos de negócio, incluindo o arranque da actividade plena do sector da energia no México (através da Generadora Fénix, o primeiro operador privado no país), e com a Europa a crescer 6%, influenciada pela consolidação da EGF, "o grupo tem actualmente uma distribuição da sua actividade mais equilibrada entre as três regiões, mitigando risco e mantendo os níveis de rentabilidade operacional", sinaliza.

África, por sua vez, registou uma queda de 19 milhões de euros no volume de negócios, para 168 milhões, devido à "degradação da envolvente macroeconómica, principalmente em Angola", de acordo com a empresa.

Refira-se que em África, apesar da redução da actividade (-10,5%), existem mercados que apresentam um crescimento como Moçambique (+4%) e o conjunto de mercados mais recentes (+20%), permitindo ajudar a compensar a menor actividade em mercados relevantes como Angola.

A Mota-Engil vai propor na assembleia-geral de quinta-feira a distribuição de um dividendo de cinco cêntimos por acção, num montante total de 11.875.257,5 euros.

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