Lucro da Galp Energia caiu 28,8% nos primeiros seis meses, afectado por resultados da refinação

Resultados entre Abril e Junho ficaram acima das estimativas dos analistas.

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Paragem programada da refinaria de Sines afecta resultados da empresa.

A Galp Energia registou lucros de 115 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que representa uma queda de 28,8% ou de 47 milhões de euros face a igual período do ano passado, devido à redução da margem de refinação e distribuição, divulgou esta segunda-feira a empresa.

A margem registou uma queda de 85%, para 0,4 dólares por barril, nos primeiros seis meses, valor que foi negativo em 0,3 dólares por barril no segundo trimestre.

De Abril a Junho, os resultados líquidos atingiram 68 milhões de euros, uma quebra de 20,9% face a igual período do ano passado, mas acima da média das estimativas dos analistas consultados pela Reuters, que apontava para 48 milhões de euros.

De acordo com a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e relativamente aos primeiros seis meses do ano, os resultados operacionais da petrolífera atingiram 274 milhões de euros, um decréscimo de 8,5%.

A empresa reporta um aumento de 18% na produção net entitlement (aquela a que a Galp Energia tem de facto direito) de petróleo e gás natural, devido a "progressos no desenvolvimento dos projectos de produção no Brasil". No total, (working interest) a produção de petróleo e gás natural cresceu 14%.

A paragem programada da refinaria de Sines justifica a redução nas vendas directas e nas exportações. As vendas para fora da Península Ibérica diminuíram 31% entre Janeiro e Junho, situando-se em 1,5 milhões de toneladas.

No primeiro semestre deste ano, a Galp Energia refere que investiu 463 milhões de euros, menos 2,5% que em igual período anterior, com 86%  do total a ser realizado no negócio de Exploração & Produção, nomeadamente para as actividades de desenvolvimento no campo Lula, no Brasil.

A dívida líquida a 30 de Junho era de 2.432 milhões de euros, um acréscimo de 136 milhões de euros face à registada no final de Março de 2014, que se deveu essencialmente ao investimento em activo fixo no período e ao pagamento do dividendo final de 2013.

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