Lucro da EDP cai 10% em 2012, para 1012 milhões de euros

Eléctrica vai propor o pagamento de um dividendo de 18,5 cêntimos por acção relativo a 2012, o mesmo do ano anterior.

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A EDP fechou 2012 com lucros de 1012 milhões de euros, menos 10% do que no ano anterior, anunciou nesta terça-feira a eléctrica liderada por António Mexia.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado caiu 3%, para 3628 milhões de euros em 2012, penalizado por uma queda de 22% (-147 milhões de euros) no Brasil, essencialmente devido a desvios tarifários e ao atraso no arranque da barragem brasileira de Pecem (-41 milhões de euros), segundo o comunicado da EDP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O presidente da EDP, António Mexia, considerou que 2012 foi um ano "particularmente exigente" em toda a Europa, com alterações legislativas e regulatórias.

O conselho de administração da EDP vai propor o pagamento de um dividendo de 18,5 cêntimos por acção relativo a 2012, o mesmo valor do ano anterior, segundo o presidente da eléctrica, António Mexia.

"Este contexto de resiliência dos resultados, face à diminuição da procura, às alterações regulatórias e legislativas, sobretudo em Portugal e em Espanha, permite propor à assembleia geral de accionistas um dividendo no valor de 18,5 cêntimos, que é exactamente o mesmo que foi em 2011", afirmou António Mexia, na apresentação de resultados relativos a 2012.

O presidente da EDP destacou que "desde 2006 até agora o dividendo da EDP subiu 85% face aos 10 cêntimos pagos então".

 

António Mexia afirmou ainda que não sente pressão sobre uma eventual alteração do modelo de governação da eléctrica, desvalorizando mesmo o tema.

"Não sinto pressão nenhuma. É uma coisa de segunda ordem", afirmou António Mexia quando questionado sobre uma eventual alteração do modelo de governação da EDP.

O presidente da EDP considerou que uma eventual alteração do modelo de governação "é uma coisa que compete exclusivamente aos accionistas".

"O sucesso da EDP não depende de nenhum modelo de gestão, mas das pessoas certas nos locais certos. Por isso, deixo tranquilamente para os accionistas decidirem".

 
 

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