Linha de Cascais só estará pronta em 2020

Investimento será de 160 milhões de euros, dos quais 128 milhões virão de fundos comunitários e 32 milhões de privados.

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Linha de Cascais será a primeira concessão da CP a privados Carlos Lopes/Arquivo

A linha de comboios de Cascais, que precisa de um forte investimento para se modernizar, só estará renovada no primeiro semestre de 2020, de acordo com o calendário do Governo.

A linha de comboios de Cascais, que precisa de um forte investimento para se modernizar, só estará totalmente renovada no primeiro semestre de 2020, de acordo com o calendário previsto pelo Governo.

Segundo o Plano Estratégico de Transportes e Infra-estruturas  (PETI) apresentado pelo Governo em Bruxelas, a contratação/adjudicação das obras vai ocorrer no ano que vem e a renovação da linha vai durar quatro anos. Estima-se que o valor do investimento seja de 160 milhões de euros, dos quais 128 milhões virão de fundos comunitários e 32 milhões de privados. Esta deverá ser a primeira concessão da CP a privados a avançar, seguindo-se a processos do mesmo tipo na Metro de Lisboa/Carris e Metro do Porto/STCP.

O único outro projecto identificado e devidamente calendarizado no âmbito do transporte público de passageiros é a extensão da linha do Metro de Lisboa da Amadora à Reboleira. Com um valor estimado em 15 milhões de euros (100% fundos europeus), a construção deverá arrancar em 2015, com inauguração prevista para o primeiro semestre de 2016. 
A obra, que vai permitir ligar a linha de Sintra da CP ao metro, foi anunciada em 2005, durante o primeiro Governo de José Sócrates, e tinha como data de conclusão 2009. Estes dois projectos valem apenas 23% do total do montante pensado para o transporte público de passageiros (755 milhões de euros).

No entanto, sobre os outros projectos só se sabe que podem contar com um envelope de 580 milhões, dos quais 464 milhões são fundos comunitários, 56 milhões são de privados e 60 milhões ficam a cargo Estado. De resto, nada está pensado, muito menos calendarizado. 

Aliás, conforme escreveu o PÚBLICO, foi Bruxelas que exigiu a inclusão no PETI de projectos voltados para o transporte de passageiros, ao lado das mercadorias.

"O momento ainda é de muita restrição orçamental, não estamos em condições de sinalizar investimento vasto nas diversas áreas", insistiu ontem o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, após uma reunião, no Porto, com autarcas da Área Metropolitana. Estes vêm pedindo a expansão da rede de metropolitano local, mas o governante frisou que o PETI é “muito contido do ponto de vista orçamental”, pelo que no documento "ficou sinalizada a necessidade de investir em infraestruturas nas áreas metropolitanas, nomeadamente nado Porto, mas não há nenhum projecto concreto em análise para decisão próxima".

 


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