Licenciamento de obras regista novos mínimos da década

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Foto: Luís Pó (arquivo)

O licenciamento de obras no quarto trimestre de 2011 “bateu os valores mínimos da última década”, com o número de edifícios licenciados a registar uma redução média anual de 10,7%, anunciou hoje o INE.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), de Outubro a Dezembro foram licenciados 5,7 mil edifícios, 60,5% dos quais eram construções novas e, destas, 73% destinadas a habitação familiar.

O número de edifícios concluídos registou, no período, uma variação média anual positiva em 3,7%, para um total de 7,6 mil, enquanto os fogos concluídos em construções novas para habitação familiar atingiram o valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2001.

Numa comparação com o trimestre anterior, o número de edifícios licenciados recuou 6% e o número de edifícios concluídos terá aumentado 1,9%.

De acordo com os dados do INE, no quarto trimestre de 2011 o número de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar registou uma variação anual negativa de 32,1% e os fogos concluídos diminuíram 13,6%.

No período, a duração média prevista das obras licenciadas em construções novas para habitação familiar foi de 21 meses, enquanto os edifícios concluídos em construções novas para habitação familiar tiveram uma duração média de execução de 27 meses.

Maior queda foi no Algarve

As regiões do Norte (com 32 meses) e do Centro (com 27 meses) foram as que apresentaram a duração média de execução mais elevada.

Numa análise geográfica do número de edifícios licenciados, no quarto trimestre verificaram-se variações anuais negativas em todas as regiões, com destaque para o Algarve, onde o recuo foi de 23,3%.

As regiões do Norte e do Centro foram responsáveis por 67,1% dos edifícios licenciados e por 59,4% do total de fogos licenciados no país. Em Lisboa foram licenciados 11,9% do total de edifícios e 17,6% do total de fogos.

O número médio de fogos por edifício, em construções novas para habitação familiar, foi de 3,9 nos Açores, 1,9 em Lisboa, 1,7 na Madeira e 1,6 no Algarve, tendo-se a média nacional situado nos 1,4 fogos.

Segundo o INE, na maioria das regiões predominam os fogos licenciados em moradias, que representaram 69,2% do total de fogos licenciados em construções novas para habitação.

Em termos de obras concluídas, indicador que registou uma variação média anual positiva de 3,7%, com excepção de Lisboa (menos 12,3%) e da Madeira (menos 3,4%), todas as regiões apresentaram variações anuais positivas.

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