ERSE: Liberalização do mercado da energia resultou em preços mais baixos

Preços no mercado livre baixaram 10% em relação às tarifas reguladas.

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Os ambientalistas dizem que a electricidade a produzir nestas barragens poderia ser obtida com medidas de eficiência energética Paulo Ricca

A liberalização do mercado de energia tem resultado em preços mais baixos para os consumidores. Segundo um relatório da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), os preços praticados em mercado livre em 2012 "estão cerca de 10% abaixo das tarifas reguladas em vigor".

Com a liberalização do mercado, os clientes passaram a poder escolher entre vários comercializadores de eletricidade e gás. O número de ofertas do mercado liberalizado evidencia que o mercado se tornou mais dinâmico, diz a ERSE.

Enquanto que em Março 2012 os clientes podiam escolher entre apenas três ofertas, em Dezembro 2012 podem escolher entre 22. Segundo o estudo da ERSE, um casal com dois filhos, com um consumo anual de 5.000 kWh e uma potência contratada de 6,9 kVA, pagou 1005 caso tenha continuado com a EDP SU (Serviço Universal). Mas se tivesse mudado de operador, pagaria, por exemplo, 926,17 euroscom a EDP SU Bihorária ou 905,23 euros com a Galp Dual Confort. Isto significa que com a liberalização do mercado, um casal com dois filhos conseguiu poupar cerca de 20 euros por ano.

De modo semelhante, um casal sem filhos, com um consumo anual de 1.900 kWh e com potência contratada de 3,45kVA, pagou 404,21 euros se não mudou de operador. Se o fez, pagou 374,02 euros por ano com o tarifário Bihorário da EDP SU e 363,91 euros por ano com a Galp Dual Confort. Isto traduz-se em poupanças de dez euros por ano. Já um casal com quatro filhos, com um consumo anual de 10.900 kWh e uma potência contratada de 13,8 kVA, pagou, com a tarifa regulada, 2.193,45 euros quando pagaria 2025 euros por ano com a EDP SU Bihorária ou 1979,14 com a Galp Dual Confort, poupando assim 46 euros por ano.

A transição dos clientes para o mercado liberalizado tem sido gradual. Até ao final de Janeiro de 2013, cerca de 1,5 milhões de consumidores já mudaram para comercializadores de mercado.

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