Leilão de luz da Deco dá poupança média de 5% para a tarifa simples e 1% para a bi-horária

Os valores foram anunciados nesta segunda-feira pela Deco, em conferência de imprensa.

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Fonte: Deco Público
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Os consumidores que se candidataram ao leilão de luz da Deco, ganho pela Endesa, vão ter, em média, uma poupança mensal da sua conta de energia de cinco por cento se tiverem tarifa simples regulada e de um por cento se tiverem tarifa bi-horária.

Estas poupanças, segundo a Deco, equivalem, ao fim de um ano, a cerca de meio mês de consumo para os consumidores com tarifa simples e a até 20% do consumo para quem tem tarifa bi-horária.

O presidente da Deco, Vasco Colaço, confirmou que a comissão a pagar pela Endesa será, no máximo, até cinco euros por consumidor contratado através do leilão e admite que, das 580 mil adesões, se concretizem mais de 100 mil contratos. Este volume, adiantou, permitirá pagar os custos com a montagem da operação, orçados em 300 mil euros, e restituir aos associados o valor correspondente à respectiva comissão, de cinco euros.

Neste momento, a Deco tem garantido que a Endesa pagará cinco euros por consumidor, tendo por horizonte os referidos 100 mil contratos. Se as contas finais ficarem acima das previsões, a associação de consumidores compromete-se a dividir o remanescente pelos seus associados e tudo (comissão de cinco euros mais o remanescente) será pago na mesma factura de Novembro.

“Não é intenção desta associação ficar com dinheiro que resultar das comissões. Todo o valor acima dos 100 mil contratos será devolvido aos associados”, garantiu Vasco Colaço, em reacção à agitação dos últimos dias sobre o valor das comissões cobradas ao operador que ganhasse o leilão e que alegadamente terá inibido a concorrência. O mesmo dirigente disse que no início das negociações chegou a ser falado com os operadores um custo de 15 euros por contrato, porque a Deco “não sabia quantas adesões seriam, mas isso não seria impeditivo de nada”, já que – garante - em cima da mesa esteve também a possibilidade de não ser paga qualquer comissão.

Sustenta, por isso, que as críticas à volta desta questão não passaram de “uma desculpa”.

A Deco considera que os descontos médios obtidos cumprem os objectivos da associação com o leilão, que era chegar a tarifas mais baratas do que as praticadas no mercado. Considera-as, por isso, uma “escolha acertada”, reiterando serem tarifas garantidas por 12 meses, isentas das revisões trimestrais praticadas pela Deco (durante um ano), sem serviços obrigatórios associados e pagos e sem cláusula de penalização por uma eventual saída do consumidor neste período. Esta última condição é, aliás, “uma batalha da Deco com 18 meses”, frisam os seus dirigentes.

Dos 580 aderentes ao leilão, 66% têm tarifa simples e o restante bi-horária regulada ou liberalizada; entre os consumidores com tarifa simples, 78% têm tarifa regulada, sendo, por isso, clientes do serviço universal da EDP. Na bi-horária, o peso dos clientes do serviço universal da EDP é superior (88%) o que se explica por uma menor oferta actual no mercado, de apenas dois operadores.

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