Juros da dívida de Portugal descem em todos os prazos

Juros têm vindo a cair face aos máximos atingidos a 12 de Julho.

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Bilhetes do Tesouro a três meses pagaram mais em juros do que no último leilão Thierry Roge/Reuters

Os juros da dívida soberana de Portugal estavam nesta quinta-feira a descer a dois, cinco e dez anos, um dia após a remodelação do Governo.

Às 11h35, os juros a dez anos estavam a ser negociados a 6,459%, depois de terem fechado a 6,467% na quarta-feira e a 6,394% a 1 de Julho, dia da apresentação da demissão do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que desencadeou a crise política.

Durante a crise política, os juros a dez anos subiram até aos 7,508% (a 12 de Julho), um máximo desde Novembro de 2012.

Os juros da dívida a dois anos continuavam hoje acima dos valores registados antes da crise, mas a descer face a quarta-feira para a 4,008%, depois de terem fechado a 4,037% na sessão anterior.

Os juros da dívida a dois anos também atingiram um máximo desde Novembro de 2012 durante a crise, quando subiram até aos 5,775%, a 12 de Julho.

No prazo de cinco anos, os juros estavam hoje a negociar a 5,781%, abaixo dos 5,871% de quarta-feira, mas também em níveis superiores ao valor prévio à crise, de 5,211%, a 01 de Julho.

Durante a crise, os juros a cinco anos dispararam para 7,324% a 12 de Julho, um máximo desde Novembro de 2012.

Os juros têm fechado a cair em todas as maturidades face aos máximos de 12 de Julho e desceram mais acentuadamente depois de o Presidente da República ter anunciado no domingo a manutenção do actual executivo até ao fim da legislatura.

Na quarta-feira tomaram posse Paulo Portas como vice-primeiro-ministro, António Pires de Lima como ministro da Economia e Rui Machete como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

Os juros da dívida soberana de Itália estavam a subir em todos os prazos, ao contrário dos da Grécia a 10 anos e de Espanha, que hoje estavam a descer.

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