Juro do crédito à habitação cai para novo mínimo

Taxa paga pelos empréstimos para a compra de casa recuou para 1,463%. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, desceu para 3,082%.

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As taxas de referência do crédito à habitação continuam a descer ENRIC VIVES-RUBIO

A taxa de juro implícita no conjunto de crédito à habitação bateu um novo mínimo em Março, ao fixar-se em 1,448%. Em relação a Fevereiro, a taxa baixou 0,035 pontos percentuais, menos do que tinha recuado nesse mês, revelou nesta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O valor fixado é o mais baixo desde Janeiro de 2009, o início da série de dados do gabinete estatístico. A taxa está em queda há mais de um ano, fruto da descida das taxas Euribor, às quais está associada a maioria dos empréstimos à habitação. De Dezembro de 2011 para cá, houve um recuo de 1,266 pontos percentuais.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa estava em 3,114%. A diferença em relação à taxa global calculada pelo INE tem a ver com o facto de, nos contratos mais recentes, o spread ou a margem comercial dos bancos ser superior ao indexante no qual o contrato de baseia.

Nos contratos para compra de habitação, a taxa implícita baixou para 1,463%, também um mínimo histórico desde 2009; já nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa caiu para 3,082%.

Nos empréstimos concedidos para a compra de terreno para a construção de habitação, a taxa implícita recuou para 1,166%; no caso dos contratos celebrados há três meses, o juro caiu para 1,973%.

Já o valor médio da prestação vencida desceu, em Março, um euro em relação ao mês anterior, caindo para 260 euros. No caso dos contratos celebrados nos três meses anteriores, a prestação paga foi, em média, de 294 euros, menos 18 euros do que o valor apurado pelo INE relativamente a Fevereiro.

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