Jornal de Angola diz que TAAG enfrenta "momento de glória" com actual concorrência

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PÚBLICO/Arquivo

O Jornal de Angola afirma no editorial deste domingo que a transportadora aérea angolana TAAG tem pela frente um "momento de glória", entre outros motivos pela fragilidade dos concorrentes directos, nomeadamente da portuguesa TAP.

Num editorial dedicado aos transportes aéreos no continente africano, aquele diário público refere que a TAAG "está entre as empresas estatais angolanas que resistiram à guerra, às dificuldades e ao cerco", tendo adquirido "um potencial que lhe permite concorrer, de igual para igual, com outras operadoras do ramo".

"Um potencial acrescido é dado hoje à TAAG, em primeiro lugar, pelas condições de estabilidade oferecidas pelo mercado angolano emergente. Um dado interessante de observar é que a TAAG resistiu e a sua principal concorrente, a TAP, atravessa uma profunda crise", lê-se no mesmo editorial, assinado pelo director do jornal, José Ribeiro.

Este editorial surge numa altura em que a transportadora aérea portuguesa enfrenta um período de dez dias de greve dos pilotos, mas cujas ligações entre Lisboa e Luanda estão asseguradas pelos serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social.

Segundo o editorial do Jornal de Angola, a "estabilidade" no país e "a conjuntura do mercado" dão à TAAG "um grande campo de progressão e um horizonte de negócios que, a longo prazo, a pode colocar entre as melhores operadoras africanas".

Além disso, recorda, a transportadora aérea pública angolana firmou no final de 2014 uma parceria com a Emirates, passando a ser gerida pela companhia árabe.

"O público quer ver melhorias já. Quem viaja muito, nota pequenas diferenças na gestão dos horários e no atendimento do público. No aeroporto de Lisboa o check-in saiu da área das redes mafiosas e foi colocado em lugar mais digno. São muitos os funcionários e passageiros que não escondem a sua satisfação pelas melhorias introduzidas", observa o jornal.

As duas transportadoras aéreas públicas, de Portugal e de Angola, concorrem na rota para Luanda, sendo que só a companhia angolana viaja directamente a partir dos aeroportos do Porto e de Lisboa.

"Com uma nova frota, uma boa aliança internacional na gestão e os seus principais concorrentes fragilizados, a TAAG tem agora o seu momento de glória e uma oportunidade única para consolidar uma posição que fez por merecer, num mercado de grande rentabilidade económica e financeira", remata o Jornal de Angola, no seu editorial.

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