Isabel dos Santos perto de formalizar compra de posição maioritária na Efacec

Negócio tinha sido noticiado há mais de um mês e deverá ser concretizado nos próximos dias

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A Santoro de Isabel dos Santos continua a defender a sua proposta de fusão com o BCP como a melhor para o BPI Fernando Veludo/NFACTOS

Isabel dos Santos deverá formalizar em breve a aquisição de uma posição maioritária na Efacec, embora mantendo a família Mello e a Têxtil Manuel Gonçalves no quadro accionista da companhia nortenha, apurou o PÚBLICO junto de fonte conhecedora do processo.

A empresária angolana prepara-se para ficar com uma posição superior a 50% na Efacec Power Solutions, o que implicará um investimento que pode aproximar-se dos 200 milhões de euros. O negócios.pt afirmava esta terça-feira que a filha do presidente angolano poderá chegar aos 65% de capital da empresa.

No início do mês de Abril, o presidente da Efacec tinha revelado ao Expresso que estava prevista a entrada de um novo accionista na empresa, mas sem revelar detalhes. Pouco depois, o Diário Económico avançava que se tratava de Isabel dos Santos, que deveria investir cerca de 200 milhões de euros no negócio.

A Eface Power Solutions, criada há menos de um ano no âmbito de uma reestruturação do grupo, é a holding que concentra os principais negócios da companhia e desperta o interesse de Isabel dos Santos porque já tem experiência no terreno em Angola. E já trabalhou para alguns dos mais importantes grupos de electricidade e de telecomunicações, nomeadamente, para a Unitel, empresa que tem na filha de Eduardo dos Santos a principal investidora.

Recentemente, a Efacec vendeu duas operações que mantinha nos Estados Unidos da América e no Brasil. Mesmo assim, a companhia, que trabalha em soluções de engenharia eléctrica, mantém presença em mais de seis dezenas de países e conta com quase 4000 trabalhadores.

Isabel dos Santos tem no BPI e na NOS, numa parceria com o grupo Sonae, os seus principais investimentos em Portugal. A empresária lançou recentemente uma oferta pública de aquisição da PT SGPS, mas não conseguiu reunir os apoios necessários e a iniciativa falhou. E propôs, igualmente, uma fusão do BPI com o BCP.

Com Cristina Ferreira

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