Irlanda admite que precisa de mais ajuda da Europa para regressar aos mercados

O Eurogrupo vai discutir e avaliar o caminho a seguir no caso irlandês em Novembro.

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O Governo irlandês avisa que, apesar das perspectivas de crescimento, o Orçamento para 2014 será exigente François Lenoir/Reuters

A Irlanda admite precisar pelo menos de um programa cautelar para ajudar na transição do programa da troika que acaba em Novembro, e a Comissão Europeia admite que irá discutir essa questão na reunião do Eurogrupo de Novembro.

Segundo um porta-voz do Ministério das Finanças da Irlanda, citado pelo jornal económico alemão Handelsblatt, tanto o ministro das Finanças irlandês como o instituto que gere a dívida pública do país entendem que pelo menos um programa cautelar seria útil para servir de garantia aos mercados.

“Estamos a avaliar todas as opções que permitam um regresso total e duradouro aos mercados, em condições acessíveis”, afirmou ainda o representante do Ministério das Finanças da Irlanda.

O jornal alemão avança que as negociações continuam com a troika, sendo que o programa irlandês tem fim marcado para a parte final deste ano, daí os responsáveis irlandeses estarem já a pensar no regresso pleno aos mercados em Janeiro de 2014.

A existência desta rede de segurança pedida pelos irlandeses “seria positiva para os mercados”, dizem os responsáveis.

Contactado pelo Handelsblatt, um porta-voz do comissário europeu, Ollie Rehn, confirmou em Bruxelas que o Eurogrupo vai discutir e avaliar o caminho a seguir no caso irlandês em Novembro, por altura das reuniões mensais dos ministros das Finanças da zona euro e da União Europeia.

O presidente do Eurogrupo já tinha admitido que a Irlanda seria ajudada na transição para o financiamento pleno nos mercados de dívida após o fim do programa de assistência.

Um programa cautelar do novo Mecanismo Europeu de Estabilidade deixaria não só à disposição das autoridades europeias alguns milhares de milhões como imporia condições (ainda que mais ligeiras) como as aplicadas nos actuais programas da troika.

Essas garantias são o necessário para que se possam qualificar como para o novo programa de compra de dívida do Banco Central Europeu, o Outright Monetary Transactions (OMT), que apesar de já ter sido criado ainda não foi utilizado.

 
 
 

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