O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) lançou esta quarta-feira um concurso para recrutar docentes e formadores durante três anos para assegurarem a formação profissional.

No caso dos professores com vínculo ao Ministério da Educação e Ciência serão recrutados em regime de requisição e mantêm as mesmas condições remuneratórias. Os formadores serão contratados a recibos verdes, por três anos a receber 14,40 euros por hora.

Estes professores e formadores serão obrigados a deslocar-se entre regiões contíguas, mas em regra não lhes serão pagas as despesas de deslocação.

O concurso lançado pelo IEFP esclarece que, além da formação, professores e formadores serão também responsáveis pela “realização de outras actividades de carácter técnico-pedagógico, nomeadamente, preparação das sessões, produção de materiais didácticos, desenvolvimento de sessões”.

Num comunicado, o IEFP realça que se pretende “reduzir a despesa pública através da mobilidade de professores disponíveis no quadro do Ministério da Educação e Ciência” e “favorecer a equidade na selecção ode docentes e de formadores, nomeadamente em situação ode desemprego, dando mais oportunidades a candidatos que, de outra forma, teriam maior dificuldade em se manter ou integrar no mercado da formação.

Este concurso surge depois de o Governo se ter comprometido a apostar nos cursos de aprendizagem dual desenvolvidos pelos centros de formação do IEFP. Porém, em Novembro, havia pouco mais de 25 mil jovens a frequentar estes cursos, em que uma parte significativa da aprendizagem é feita em contexto de trabalho. No acordo de concertação assinado com os parceiros sociais, o Governo comprometia-se a chegar a 30 mil jovens.

Já sobre o destino dos sete a oito mil formadores que actualmente prestam serviços nos centros do IEFP nada se diz. O PÚBLICO questionou o instituto, mas ainda não obteve resposta.