Insolvências de empresas do sector da construção e imobiliário caíram 17,3%

Desde 2010, enceram 39.710 empresas do sector e perderam-se 276 mil postos de trabalho.

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Vários indicadores sinalizam um inversão do ciclo de queda na construção.

Ao longo do último ano encerraram 5800 empresas do sector da construção e do imobiliário, o que corresponde a quatro insolvências diárias, revelam as estimativas da CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário.

Apesar de elevado, o número de insolvência nas duas fileiras caiu 17,3%, face a 2013, ano em que se registaram 7100 insolvências.
A construção e o imobiliário respondem por mais de um quarto (25,6%) do total de insolvências de empresas registadas a nível nacional. Desde 2010, declaram insolvência 39.641 empresas do sector, eliminando 276 mil postos de trabalho.

A queda de insolvências em 2014 também foi acompanhada de uma queda na redução do emprego. Até ao passado mês de Outubro, em termos homólogos, a queda ascende a 19,1%, “um sinal positivo para o início de 2015, que se espera poder ser consolidado ao longo dos próximos meses”, refere a CPCI em comunicado.

Para conseguir um novo ciclo em 2015, a confederação defende que “os instrumentos e as soluções existem, seja no domínio do investimento público, seja no domínio do investimento privado, que terá de assumir um papel preponderante”.

Para isso, defende a CPCI, “é necessário dar à reabilitação urbana uma dinâmica nacional, captar mais investimento estrangeiro e executar os fundos comunitários do QREN ainda disponíveis”. É ainda necessário concretizar o Plano Estratégico dos Transportes e Infra-estruturas, implementar o Programa Portugal 2020.

O índice de custos de construção de habitação nova registou divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revela uma queda homóloga de 0,1% em Novembro, menos que os 0,5% em Outubro.

A componente dos materiais apresentou uma variação homóloga negativa de1,3% em Novembro, representando um decréscimo de 1,2 pontos percentuais face a Outubro, enquanto a componente mão-de-obra passou de 1% em Outubro para 0,9% em Novembro.

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