O ministro das Finanças russo, Antón Siluánov, anunciou esta quinta-feira que a inflação no país será este ano da ordem dos 11,5%. Há cinco anos que a inflacção na Rússia não alcançava os dois dígitos.

"Lamentavelmente, a inflação aumenta. Ontem [quarta-feita], a acumulada era de 10,4%, pelo que no final do ano será de 11,5%, talvez um pouco mais ou um pouco menos", disse Antón Siluánov durante uma audiência no Conselho da Federação ou Senado russo.

Em Outubro, o Presidente russo, Vladimir Putin, previu que em 2014 este indicador económico se situaria entre os 7,5% e os 8%.

Siluánov advertiu ainda os senadores de que no próximo ano o défice orçamental vai exceder as previsões do Governo, que apontam para 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. "Não poderia dizer agora qual será o tamanho do défice, mas será maior do que o previsto", admitiu.

O titular da pasta das Finanças assegurou que o rublo estabilizou depois da queda que sofreu no dia 18, quando perdeu mais de metade do seu valor em relação ao início do ano.

"O rublo encontrou o equilíbrio e começa a fortalecer-se", disse Antón Siluánov, referindo-se ao aumento nos últimos dias do valor da moeda russa.

A crise económica que atravessa a Rússia, como admitem as próprias autoridades, deve-se principalmente a três causas: a queda dos preços do petróleo, as sanções do Ocidente pela postura de Moscovo face à crise ucraniana e a estagnação da própria economia do país.