INEM reconhece atrasos no atendimento e diz que se devem a falta de pessoal

Instituto espera pelo governo para contratar 100 técnicos. Sindicato acusa serviço de atrasos graves no atendimento.

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Serviço de emergência tem falta de pessoal João Silva

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) reconhece que tem falta de recursos humanos para responder ao acréscimo da sua actividade nos últimos anos e está à espera de autorização do Ministério das Finanças para poder lançar o concurso de admissão de 100 técnicos de emergência pré-hospitalar.

Este reforço de recursos humanos, destaca o gabinete de marketing e comunicação do INEM, numa nota enviada ao PÚBLICO, “vai permitir melhorar a capacidade de atendimento dos CODU e a qualidade na assistência a vítimas de acidente ou doença súbita”

O INEM reage assim às críticas do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN ), que diz que o serviço de emergência está a demorar "mais de três minutos" a atender algumas chamadas, em vez dos sete segundos aconselhados pelos manuais mundiais.

Questionado pelo PÚBLICO, o INEM reconhece que “a manutenção dos serviços de emergência médica pré-hospitalar prestados pelo INEM, em qualidade e segurança, impõe dotar a instituição de recursos humanos em número suficiente que assegurar a operacionalidade, 24 horas por dia, sete dias por semana, dos meios de emergência e dos CODU”.

E atribui as dificuldades sentidas actualmente a diversas “contingências” verificadas ao longo dos últimos anos. Uma delas tem a ver com “a elevada exigência da actividade nos meios de socorro” e com a “oferta de melhores condições remuneratórias noutras instituições da administração pública”, que “levaram a rescisões de contratos, mobilidades e outras formas de saída”. Os concursos de 2013, para a admissão de uma centena de técnicos, e de 2016, para a admissão de 86 profissionais”, nota o INEM,  “têm-se revelado insuficientes face ao aumento muito significativo da atividade operacional”.

“Na realidade tem-se verificado sempre uma diferença negativa entre os postos ocupados e os necessários para assegurar o funcionamento dos meios de emergência médica”, reconhece.

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