INE confirma corte de 4,78% nas pensões pedidas em 2013

Instituto Nacional de Estatística divulgou dados definitivos da evolução da esperança média de vida.

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Governo prepara-se para alterar impacto do aumento da esperança de vida no valor das pensões. Foto: Paulo Ricca

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou, nesta quarta-feira, que em 2012 a esperança média de vida aos 65 anos foi de 18,84 anos, um indicador que serve para calcular o factor de sustentabilidade que está a ser aplicado às pensões pedidas desde Janeiro de 2013.

O INE confirma assim o valor provisório avançado em Novembro e que deu origem a um corte de 4,78% no valor das pensões.

O factor de sustentabilidade foi um mecanismo criado em 2007 e reflecte no valor das pensões o aumento da esperança média de vida. Para evitar a redução no valor da sua pensão, o trabalhador pode optar por trabalhar mais tempo.

De acordo com a legislação em vigor, um trabalhador que se reforme em 2013 e tenha uma carreira contributiva de 40 anos poderá optar por trabalhar mais cinco meses, de forma a evitar o corte de 4,78% no valor da sua pensão. Os trabalhadores com carreiras entre 15 e 25 anos terão que trabalhar mais 14 meses e meio; entre os 25 e os 34 anos têm que trabalhar por mais 10 meses, e entre 35 e 39 anos terão que permanecer no mercado de trabalho por mais sete meses.

De acordo com o INE, em 2012, a esperança de vida aos 65 anos foi de 18,84 anos para ambos os sexos, sendo de 16,94 anos para os homens e de 20,27 anos para as mulheres. O valor da esperança média de vida à nascença, por sua vez, foi estimado em 79,78 anos para ambos os sexos, sendo de 76,67 anos para os homens e de 82,59 anos para as mulheres.

O Governo já anunciou, no início de Maio, que pretende alterar a fórmula de cálculo do factor de sustentabilidade. O objectivo é que, em 2014, só tenha acesso à pensão completa quem tiver 66 anos de idade.
 

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