Indústria do turismo na Tunísia perde 460 milhões depois do ataque

A morte de 39 turistas está a provocar uma saída em massa de visitantes, num país onde o turismo pesa mais de 15% no PIB.

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Milhares de turistas estão a sair da Tunísia com receio de novos ataques Zoubeir Souissi/REUTERS

O sector do turismo na Tunísia perderá este ano, pelo menos, 515 milhões de dólares, cerca de 460 milhões de euros, com o ataque que provocou a morte a 39 turistas, incluindo uma portuguesa.

“O ataque teve um forte impacto na economia e as perdas serão elevadas”, disse Salma Loumi, ministra do Turismo, citada pela Reuters.

O turismo é muito importante para a economia local e contribui com 15,2% para o Produto Interno Bruto. No ano passado aterraram na Tunísia 6,1 milhões de visitantes, menos 3,2% em comparação com 2013 mas as receitas turísticas cresceram 6,4%. O país estava a tentar recuperar a confiança dos turistas depois de, com a Primavera Árabe, ter perdido visitantes. Agora, o ataque em Sousse provocou a saída em massa dos visitantes. Salma Loumi adiantou que o governo está a planear acabar com a taxa turística e quer aliviar as dívidas bancárias das empresas hoteleiras para tentar ajudar a indústria.

As agências de viagens e os operadores turísticos portugueses cancelaram todas as operações em voos charter para Enfidha-Hammamet. Quem já tinha reserva efectuada e paga será reembolsado pelas agências de viagens. Na altura do ataque, estavam de férias na Tunísia cerca de 200 portugueses, sete dos quais na região onde o ataque aconteceu. Maria da Glória Moreira, professora reformada, 76 anos, foi a primeira vítima mortal do Estado Islâmico.

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