Indicador de actividade económica em queda pelo segundo mês consecutivo

Consumo privado dá sinais de abrandamento.

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Para este ano, o Governo está a prever um crescimento de 1,7% no consumo privado Nuno Oliveira

O indicador da actividade económica, medido pelo Banco de Portugal, está em terreno negativo pelo segundo mês consecutivo. A descida acentuou-se em Agosto, mês em que o indicador do consumo privado também deu sinais de abrandamento.

De acordo com dados publicados nesta sexta-feira pelo banco central, o indicador que mede a evolução homóloga da actividade económica diminuiu 0,6%, depois de ter recuado 0,2% no mês anterior.

No Verão do ano passado, quando inverteu a longa trajectória de queda da actividade económica, este indicador começou a recuperar, passou depois por um período de estagnação e foi perdendo força a partir de Março deste ano até voltar a ficar em terreno negativo, onde agora se mantém.

Já o indicador do consumo privado, que desde Setembro do ano passado até Abril estava a recuperar, tem vindo a perder força nos últimos meses, abrandando progressivamente. Depois de um crescimento de 1,4% entre Junho e Julho, o indicador do consumo ficou-se agora pelos 1,2%, o mesmo nível de Dezembro do ano passado.

No Orçamento do Estado rectificativo, o Governo baixou a previsão de crescimento da economia portuguesa para este ano, mas melhorou as perspectivas para o consumo privado. O cenário actual é de uma progressão de 1,7% no consumo.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que na projecção do executivo vai ser de 1%, deve-se ao contributo positivo da procura interna. Com as exportações a abrandar e as importações em alta, o contributo da procura externa líquida dirigida à economia portuguesa (o saldo entre estas duas componentes) será negativo.

No segundo trimestre, a economia deu sinais de abrandamento, com o PIB a apresentar um crescimento homólogo de 0,9%, abaixo do ritmo dos três primeiros meses do ano, de 1%.

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