Grupo RAR passa de prejuízo a lucro de 2,5 milhões em 2014

Volume de negócios da Colep ascendeu a 512 milhões de euros.

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Vitacress, que comercializa saladas prontas, com desempenho positivo.

O grupo RAR voltou aos lucros em 2014, com os resultados líquidos atribuíveis à empresa-mãe a atingirem os 2,5 milhões de euros, contra os prejuízos de 5,4 milhões de euros verificados em 2013, divulgou esta quarta-feira o grupo.

Segundo o relatório e contas de 2014 do grupo, que integra um portefólio de negócios diversificado, nas áreas de embalagem, alimentar, imobiliária e serviços, o volume de negócios cresceu 0,77% para 976 milhões de euros.
Também o EBITDA (lucros brutos) subiu 10% em 2014, para 54 milhões de euros.
"Ao mesmo tempo que se reforçou a performance operacional do grupo, reduziu-se, uma vez mais, o passivo financeiro, conseguindo-se alcançar grande contenção do capital investido no negócio. A melhoria da performance de exploração e a contínua redução do nível de endividamento financeiro têm estado, aliás, no centro das atenções das empresas do grupo RAR", lê-se num comunicado divulgado pelo grupo.
O comunicado refere que as principais empresas "crescem em volume e rendibilidade", entre elas a Colep, que teve "um desempenho bastante sólido e positivo", quer em termos de crescimento de vendas, quer do EBITDA, tendo ainda alcançado um volume global de negócios de cerca de 512 milhões de euros.
A Vitacress, empresa que concentra todas as operações do Grupo RAR no mercado de produtos frescos, também cresceu em vendas e rendibilidade, "com uma boa evolução das operações de tomate e de ervas", diz o grupo.
"As saladas também cresceram, ajudadas por um verão quente no Reino Unido e pelo posicionamento nos segmentos em maior crescimento", refere, justificando este crescimento com "a integração das operações de saladas e ervas aromáticas sob a alçada de uma equipa de gestão única", que permitiu à Vitacress um volume de negócios de 170 milhões de libras (211 milhões de euros).
A Imperial fechou o exercício de 2014 com um volume de negócios de 27 milhões de euros, destacando-se as posições de liderança das marcas Regina, Pantagruel e Pintarolas.
Já a RAR Imobiliária "viveu um ano de inflexão", com a actividade imobiliária a mostrar sinais de retoma e a RAR Açúcar registou um volume de negócios de 72 milhões de euros, mantendo-se determinada na racionalização de custos e na optimização operacional, por forma a atingir a rentabilidade desejada, "ultrapassadas que sejam as atuais e exógenas adversidades".
Neste sentido, o grupo explicou que a RAR Açúcar "continuou a viver um ambiente muito complexo, com forte pressão concorrencial dos operadores europeus - também estes muito afectados na sua exploração - que levou a uma queda bastante abrupta de preços".
O grupo diz que "o cenário foi de perda global para praticamente todos os operadores do sector", sendo, por isso, "expectável a recuperação futura dos preços para patamares razoavelmente mais elevados".

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