Greve na TAP já obrigou 25 mil passageiros a alterar reservas

Paralisação de quatro dias agendada pelos tripulantes começa já na quinta-feira.

Foto
Tripulantes exigem cumprimento do acordo de empresa Pedro Cunha/Arquivo

A greve que a TAP vai enfrentar a partir de quinta-feira já obrigou 25 mil passageiros a alterar as reservas que tinham efectuado para 30 de Outubro e 1 de Novembro. No entanto, o impacto desta paralisação será maior, visto que vai estender-se por mais dois dias, a 30 de Novembro e 2 de Dezembro.

Tal como o PÚBLICO noticiou na semana passada, 55 mil pessoas tinham marcado voo pela TAP para os primeiros dois dias de protestos, convocados pelo sindicato que representa os tripulantes de cabine. Num comunicado enviado nesta terça-feira, a companhia refere que o número baixou para 30 mil, visto que uma parte substancial dos passageiros alterou as reservas.

É natural que a fasquia continue a descer até quinta-feira, visto que a empresa está a reprogramar a operação para minimizar os efeitos da greve. Além disso, uma parte dos voos será sempre realizada, já que a paralisação não afectará a PGA, companhia regional detida pela TAP, e tendo em conta que foram definidos serviços mínimos que asseguram parte das ligações às ilhas e a três destinos internacionais.

Ainda assim, a TAP escreve no comunicado que a paralisação “provocará significativa perturbação na operação da companhia nestes dias”. E, por isso, está a recomendar aos passageiros que entrem em contacto com os serviços para alterar as reservas, nomeadamente os que marcaram voos através de agências de viagens, por exemplo.

Falta ainda saber quantos passageiros têm viagem marcada pela TAP nos últimos dois dias desta greve, que vai estender-se ainda pelos dias 30 de Novembro e 2 de Dezembro.

Esta paralisação foi convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil para exigir o cumprimento do acordo de empresa. Nesta terça-feira, o sindicato emitiu um comunicado em que confirma a greve, porque “a administração da TAP não se demonstrou disponível até ao momento para dialogar, acrescentando que espera “uma adesão de mais de 90%” dos trabalhadores.

“As razões que levam a este último recurso prendem-se, todas elas, com respeito. Respeito pelos profissionais que são os tripulantes de cabine, mas que também são pessoas e têm família, vida social e vida pessoal. Respeito porque quando assinaram um contrato de trabalho estavam inerentes deveres e direitos acordados com a TAP, que se recusa a cumprir o acordo de empresa desde 2006 e nos manda para os tribunais, para que a situação se arraste”, refere o presidente do sindicato, Rui Luís.

Sugerir correcção
Ler 4 comentários