Até às 18 horas desta quinta-feira, realizaram-se cerca de 88% dos comboios da CP que estavam previstos. Com um total de 130 comboios suprimidos, acabaram por se realizar 950 dos 1080 que estavam programados.

De acordo com informações fornecidas ao Público por Ana Portela, porta-voz da CP, os comboios regionais foram os mais penalizados por esta paralisação, com as linhas do Douro, Minho, Vouga, Oeste e Algarve a saírem como as mais afectadas.

Para esta quinta-feira, estava previsto que circulassem 540 comboios nos serviços urbanos de Lisboa e acabaram por se realizar 525, o que equivale a 15 comboios suprimidos. As linhas mais afectadas foram as de Sintra, Cascais, Azambuja e do Sado.

Nos urbanos do Porto, o número de comboios afectados pela paralisação foi substancialmente menores, sendo que nas últimas duas horas apenas tinham sido cancelados dois comboios, menos de 1% do total.

A porta-voz da CP adiantou ainda que os comboios de longo percurso não foram afectados pela greve, tendo os serviços trabalhado a 100%.

A greve desta quinta-feira, convocada pelos sindicatos da CP e da Refer, teve na sua origem o descontentamento em relação às medidas de austeridade impostas pelo Governo, como a redução de salários. Os trabalhadores protestam ainda contra os futuros processos de concessão a privados de certas linhas suburbanas da operadora ferroviária, bem como contra a fusão entre a Refer e a Estradas de Portugal. 

Texto editado por Raquel Almeida Correia