Grécia e Eurogrupo chegam a acordo para extensão de quatro meses nos empréstimos

Grécia ainda tem de apresentar medidas até segunda-feira. Meios de comunicação social gregos dizem que Portugal e Espanha tentaram bloquear acordo.

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Eurogrupo chegou esta sexta-feira a um acordo para a Grécia

À terceira reunião foi de vez e os 19 ministros das Finanças da zona euro conseguiram produzir um comunicado final conjunto com um acordo para a extensão dos empréstimos à Grécia.

O anúncio foi feito nesta sexta-feira à noite pelo presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem: a Grécia fica com mais quatro meses de financiamento assegurado, adiando para Julho um novo processo negocial que permita um acordo com os parceiros europeus de mais longa duração.

No acordo fica previsto que Grécia se compromete a não adoptar medidas que representem uma marcha-atrás naquelas que foram estabelecidas no anterior programa. Não serão também impostas à Grécia novas medidas que possam adensar a crise social no país.

Há, no entanto, ainda pormenores a acertar. O Governo de Tsipras terá ainda, até segunda-feira, de entregar aos parceiros europeus uma lista das reformas que pretende pôr em prática nos próximos meses. Os outros países querem saber, por exemplo, quais as reformas estruturais no Estado, como será feito o combate à fraude fiscal e qual o custo das medidas pensadas para combater a crise humanitária que Atenas diz que a Grécia está a atravessar. 

Só depois, começarão a ser dados os passos para a aprovação oficial da extensão do programa (que no caso de alguns países terá de passar pelos respectivos parlamentos).

A negociação na reunião do Eurogrupo começou com a apresentação de uma proposta de texto comum que tinha sido acertada alguns minutos antes num trabalho liderado por Jeroen Dijsselbloem de tentativa de convergência entre a Grécia e a Alemanha.

O texto do acordo foi depois avaliado pela totalidade dos ministros das Finanças na zona euro. Vários meios de comunicação social gregos, citando fonte dos Governo Tsipras, estão a noticiar que Portugal e Espanha foram os dois países que mais se opuseram à proposta de acordo, apresentando diversas objecções.

 

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