Grau de abertura da economia portuguesa ultrapassou os 80% em 2013

Portugal ocupa a 21ª posição entre os países da União Europeia, neste indicador

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Peso das exportações de bens e serviços de Portugal no total da UE foi de 1,1% em 2012 Daniel Rocha

O grau de abertura da economia portuguesa chegou aos 80,5% em 2013, revela o INE num estudo sobre a globalização divulgado nesta sexta-feira. Entre os 27 Estados-membros da União Europeia, Portugal ocupa a 21ª posição e é o sétimo país da UE com menor abertura da economia.

Este indicador, que quantifica e compara a inserção da economia de um país no mundo, ultrapassa os 319,23% no Luxemburgo, o país da Europa com maior grau de abertura, conhecido pela atractividade da política fiscal. Segue-se a Irlanda, Malta, República Eslovaca, Hungria ou os Países Baixos. Portugal é ultrapassado pela Roménia, Chipre ou Polónia, mas está à frente de Espanha, Reino Unido, Itália, Grécia ou França, em último na lista.

Em 2012, o peso das exportações de bens e serviços de Portugal no total da UE foi de 1,1% e o país está em 18º no contexto europeu, onde neste indicador lideram a Alemanha (23,81%), o Reino Unido e a França. Quanto ao peso no PIB do investimento directo estrangeiro na economia nacional (reflecte o contributo do investimento feito por investidores nacionais em empresas estrangeiras), aumentou 4,5 pontos percentuais em 2012 face a 2011 alcançando os 55%. Portugal ocupa a 14ª posição entre 27 Estados Membros (Luxemburgo está em primeiro lugar) e, do total, 23 conseguiram registar aumentos do peso do investimento directo estrangeiro no PIB.

Já o peso no PIB do investimento directo do exterior na economia nacional (aposta de investidores estrangeiros em empresas portuguesas) foi de 34,9% em 2012, uma subida de 2,3 pontos percentuais em comparação com o ano anterior.

O INE refere que entre 2008 e 2013, e sobretudo a partir de 2010, “a economia portuguesa mostrou sinais visíveis de dinâmica internacional, nomeadamente com o aumento do volume de exportações de bens e serviço”, que teve uma taxa de variação média de 3,8% neste período. O peso das exportações no PIB cresceu para 40,8%, superando o peso das importações, que foi de 39,7%. A importância dos cinco principais clientes de Portugal (Alemanha, Angola, Espanha, França e Reino Unido) caiu de 63,8% em 2008 para 58,9%.

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