Governo volta a adiar reuniões com os sindicatos da função pública
Os encontros destinavam-se a discutir o programa de rescisões amigáveis e os suplementos remuneratórios.
O secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, voltou a adiar as reuniões com os sindicatos, marcadas para quarta e quinta-feira. Em cima da mesa deveriam estar o programa de rescisões amigáveis e um diploma que determina que todos os serviços e organismos façam um levantamento dos suplementos remuneratórios pagos aos seus funcionários.
De acordo com a Frente Sindical para a Administração Pública (FESAP), a reunião foi adiada devido à presença da troika em Portugal e não foi indicada nova data.
Os representantes do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu estão desde esta segunda-feira em Lisboa para discutir com o Governo as medidas para responder ao acórdão do Tribunal Constitucional.
De acordo com uma carta enviada pelo primeiro-ministro às instituições internacionais, o Governo pretende acelerar as reformas na área da função pública. Entre as opções em cima da mesa, escreve Pedro Passos Coelho, estão a “implementação de uma tabela salarial única, a convergência das regras laborais e dos sistemas de pensões do sector público com o privado”.
As reuniões já tinham sido adiadas há cerca de duas semanas. Na altura o secretário de Estado Hélder Rosalino justificou que o programa de rescisões era um tema complexo e, por isso, o Governo precisava de mais tempo para trabalhar nele.