Governo recusa aumentos salariais propostos pelos sindicatos

Em declarações aos jornalistas, Teixeira dos Santos explicou que a verba inscrita na dotação provisional do Orçamento de Estado para 2006 é de 424 milhões de euros
Fotogaleria
Em declarações aos jornalistas, Teixeira dos Santos explicou que a verba inscrita na dotação provisional do Orçamento de Estado para 2006 é de 424 milhões de euros Manuel de Almeida/Lusa (arquivo)
Fotogaleria

O ministro das Finanças e Administração Pública, Fernando Teixeira dos Santos, recusou hoje os aumentos salariais propostos pelos sindicatos da Função Pública, mas escusou-se a revelar a proposta do Governo.

Em declarações aos jornalistas, Teixeira dos Santos explicou que a verba inscrita na dotação provisional do Orçamento de Estado para 2006 é de 424 milhões de euros, um valor que fica muito abaixo dos aumentos reivindicados pelos sindicatos.

A Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), ambos afectos à UGT, reivindicam aumentos de 3,5 por cento, o que se traduz num encargo para o Estado de 630 milhões de euros,

A Frente Comum, da CGTP, reivindica uma actualização salarial de 5,5 por cento, o que significa um encargo de 990 milhões de euros.

"Estas exigências ultrapassam em muito o montante disponível na dotação provisional", sublinhou Teixeira dos Santos.

O ministro explicou que nesta primeira ronda negocial, que hoje se iniciou, pretende saber se as estruturas sindicais mantêm ou não as suas propostas iniciais e remeteu para a próxima reunião, que se realiza na quarta-feira, a apresentação da proposta do Governo.

Sugerir correcção
Comentar