Goldman Sachs despede dirigente envolvido em escândalo de manipulação cambial

Dirigente fazia parte de uma rede de manipulação de taxas de câmbio.

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Toby Melville/Reuters

A Goldman Sachs anunciou esta quarta-feira que despediu um dos seus principais dirigentes implicados nas manipulações de taxas de câmbio, que já levaram à condenação de seis importantes estabelecimentos bancários.

Frank Cahill tinha ingressado no ramo londrino da Goldman Sachs em 2012, onde era vice-presidente das operações de corretagem de câmbios.

"Hoje, ele deixou a sociedade", disse um porta-voz da entidade à AFP, acrescentando que "a sua saída está associada a um período anterior à sua entrada na Goldman Sachs".

Esta foi a primeira vez que o nome da Goldman Sachs apareceu neste assunto. Fontes conhecedoras do assunto indicam que Cahill faz parte dos cambistas cujas más práticas foram condenadas pelos reguladores norte-americanos, suíços e britânicos, com a aplicação de uma multa total de 4,26 mil milhões de dólares (3,4 mil milhões de euros) a seis grandes bancos - Citigroup, JPMorgan Chase, HSBC, UBS, RBS e Bank of America - na semana passada, no âmbito do caso da manipulação cambial.

Na época, Cahill trabalhava para o banco britânico HSBC, que foi punido com uma multa de 618 milhões de dólares, para onde entrou em 2010, proveniente de outro banco britânico, o Barclays.

As mesmas fontes acrescentam que a Goldman Sachs cooperou com os investigadores, que lhe terão solicitado documentos sobre Cahill e outros cambistas, como Mitesh Parikh, que era o responsável pelas actividades de corretagem cambial do banco na Europa. Este último saiu da Goldman Sachs em Setembro.

Os reguladores acusam os cambistas dos grandes bancos de concertação indevida, para manipular uma taxa de referência no mercado cambial.

Mais de 30 corretores e empregados, repartidos por três continentes (Ásia, Europa e América), já foram despedidos ou suspensos pelos seus empregadores.

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