A Turismo Fundos, sociedade que gere fundos de investimento imobiliário e que é detida pelo Turismo de Portugal (53,2%), Caixa Geral de Depósitos (33,5%) e Novo Banco (13,3%), ultrapassou a barreira dos dois milhões de euros de lucros em 2014, mais 2% face ao ano anterior. A empresa, criada em 1995, só tinha conseguido atingir estes números em 2012, indica o relatório de gestão e contas divulgado nesta terça-feira.

Com três fundos na sua alçada – Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas (FIEAE), Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Turístico (FIIFT) e FIIFT II – a sociedade fez a escritura, o ano passado, do Hotel Atlântico, no Monte Estoril, adquirido por 9,2 milhões de euros em 2012 (FIIFT II) e desinvestiu 4,5 milhões de euros em dois imóveis da carteira do FIEAE. “Nestas três operações, ambos os fundos registaram ganhos, quer por via do registo de um ajustamento patrimonial positivo do FIIFT II, quer pela realização de mais-valias no FIEAE”, refere a empresa no relatório.

Os lucros de dois milhões de euros correspondem a uma rentabilidade de capitais próprios de 48,5%. A Turismo Fundos fechou o ano com um capital próprio de 6,2% acima do ano anterior, “o que permitiu subir o seu nível de autonomia financeira para 97,7% que corresponde ao melhor registo da sua história”, continua. Face a 2010, os lucros reportados aumentaram mais de 800%.

Sem estratégia definida
A sociedade ainda não tem definido um plano estratégico para o triénio 2014-2016 e continua a seguir as orientações delineadas para o período de 2011-2013, baseadas no Plano Estratégico Nacional do Turismo. “Está ainda em avaliação a posição do accionista maioritário [o organismo público Turismo de Portugal] processo esse que condicionará a estratégia futura da empresa”, indica o relatório de gestão.

De acordo com a informação disponibilizada no site da Turismo Fundos, o FIIFT tem neste momento 13 imóveis em carteira em seis localizações, incluindo o Hotel Martinhal, em Sagres, ou a Pousada de Braga. O FIIFT II tem 14, como o Hotel M’Ar de Ar Muralhas ou o Memmo Baleeira em Sagres.

Os fundos imobiliários geridos pela sociedade detinham a 31 de Dezembro de 2014 detinham no total 87 imóveis no valor de 243,7 milhões de euros.