Garantia Jovem quer chegar aos jovens que não estão inscritos no IEFP

Mais de 130 mil jovens sem ocupação estão fora das listas dos Centros de Emprego

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Programa tem 1300 milhões de euros Jorge Silva

O programa Garantia Jovem, um conjunto de medidas para menores de 30 anos que não estejam a trabalhar ou a estudar, quer abranger as pessoas que não estejam inscritas nos centros de emprego, disseram esta segunda-feira dois responsáveis.

Em declarações à Lusa, o presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Jorge Gaspar, afirmou que de um total de 270 mil jovens desempregados ou fora dos estudos, há cerca de metade que não estão inscritos nos centros de emprego, pelo que "é um universo desconhecido e, portanto, o essencial é a identificação em concreto, para que do ponto de vista dos poderes públicos se lhes possa dar uma resposta".

 


O secretário de Estado do Emprego, Octávio de Oliveira, afirmou, no mesmo sentido, à margem de uma cerimónia de apresentação e discussão pública do programa Garantia Jovem, no Porto, que "é necessário encontrar esses jovens que não estão inscritos no serviço público de emprego, para que, do seu diagnóstico, possa haver o encaminhamento para uma resposta".

 


"Estão identificados em Portugal um conjunto de recursos na casa dos 1300 milhões de euros para os próximos dois anos, para se encontrarem respostas que têm a ver com estágios profissionais, com apoio às empresas, mas também respostas ao nível da educação, permitindo que alguns jovens que tenham abandonado o sistema educativo, designadamente o ensino superior, possam regressar", afirmou o secretário de Estado.

 


Jorge Gaspar exemplificou com o caso de um "jovem de 23 anos que é sinalizado como desempregado e é imediatamente colocado no serviço público de emprego como forma que, no quadro das medidas activas e formação profissional, possa ser dada uma resposta a essa pessoa no prazo de quatro meses".

 


"Em 2014 e 2015, o objectivo da Garantia Jovem é desenvolver cerca de 378 mil respostas de educação, formação, inserção e emprego para os jovens portugueses (que não trabalham, não estudam nem seguem qualquer formação), o que envolverá um investimento de aproximadamente 1300 milhões de euros", referiu, no mês passado, o Ministério da Solidariedade, Emprego e Solidariedade Social.

 


Semanas antes, a Comissão Europeia havia instado os Estados-membros a implementarem o quanto antes os seus planos Garantia Jovem, de apoio aos jovens desempregados, que, no caso de Portugal, deverá contar com 300 milhões de euros de fundos comunitários.

 


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