Fundo de pensões da Noruega voltou a investir em dívida portuguesa

No ano passado, aquele que é o maior fundo soberano do mundo constituiu uma carteira com títulos portugueses.

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O fundo tem também em carteira dívida da CGD GONÇALO PORTUGUÊS

O fundo de pensões do Governo da Noruega voltou a investir em dívida pública portuguesa no ano passado e detinha, a 31 de dezembro de 2013, uma exposição de 432,9 milhões de coroas norueguesas às obrigações soberanas de Portugal.

Segundo o relatório daquele que é considerado o maior fundo soberano do mundo, a 31 de Dezembro de 2013, estavam investidos em dívida pública portuguesa 432,9 milhões de coroas, ou seja, pouco mais de 52 milhões de euros à taxa de câmbio actual.

Isto significa o regresso deste fundo a obrigações soberanas de Portugal, depois de, no final de 2012, a carteira de rendimento fixo deste fundo não registar qualquer investimento nestes produtos. Ainda assim, o valor investido em dívida pública de Portugal no final de 2013 fica abaixo dos 742,8 milhões de coroas investidas no final de 2011 (89,7 milhões de euros).

Além do investimento em dívida portuguesa, no final de 2013, o fundo norueguês tinha ainda investimentos de rendimento fixo em sete empresas nacionais: nos cinco principais bancos portugueses (CGD - Caixa Geral de Depósitos, BCP, BES, BPI e Santander Totta) e ainda nas empresas públicas de transportes CP - Comboios de Portugal e Refer - Rede Ferroviária Nacional.

O investimento em títulos da CGD ultrapassava mesmo o feito em dívida pública, ao atingir 698,3 milhões de coroas ou 84,3 milhões de euros, isto é, cerca de 40% do total de 1728,7 milhões de euros investidos.

Ainda no final de 2013, o fundo de pensões do governo da Noruega tinha ações de 24 empresas portuguesas, com destaque para as participações de 4,86% na Semapa, 4,57% na Portugal Telecom, 3,84% na Ibersol ou 3,75% na Altri.

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