Francisco Pedro Balsemão será o novo presidente do grupo da SIC e do Expresso

Pedro Norton decidiu deixar o cargo. Sucessão acontece em Março.

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Francisco Balsemão e Pedro Norton Carla Rosado

A Impresa – grupo de media dono da SIC, Expresso e Visão, entre outros — escolheu Francisco Pedro Pinto Balsemão para assumir, a partir de Março, o cargo de presidente executivo. Pedro Norton deixa a empresa por opção.

Francisco Pedro Pinto Balsemão, de 35 anos, é filho do fundador da Impresa, Francisco Balsemão. Tem desde o final de 2012 o cargo de chief operating officer (director executivo de operações), com os pelouros dos recursos humanos, assuntos jurídicos e sustentabilidade. É licenciado em Direito pela Universidade Nova de Lisboa e fez um mestrado na mesma área na Universidade de Oxford, em Inglaterra.

Numa carta divulgada pela empresa, Francisco Balsemão (o fundador e actual presidente do conselho de administração) explica que a saída de Pedro Norton, um veterano com 23 anos na Impresa, foi uma opção do próprio. “Pedro Norton manifestou-me, há largos meses, a sua vontade de, sem pressas nem precipitações, dedicar a sua vida profissional a outras áreas de actividade e, por conseguinte, a outras entidades empresariais”, escreveu Balsemão. “Combinámos que só ultimaríamos a decisão de substituição do CEO depois de fechado o orçamento para 2016, incluindo a reestruturação que tivemos de fazer em Novembro, e de assinados alguns contratos importantes cuja negociação estava em curso, nomeadamente com a Vodafone e a Meo, o que aconteceu em Dezembro.”

Balsemão diz que propôs então ao conselho de administração o nome do filho para o cargo, e que este foi aceite por unanimidade. Norton manter-se-á em funções até 6 de Março.

Na carta de despedida, Pedro Norton alude aos momentos difíceis que a imprensa atravessa, diz que o grupo “venceu uma crise sem precedentes no panorama mediático português” e que “derrotou accionistas hostis”. A empresa comunicou no final do terceiro trimestre do ano passado um lucro de 1,1 milhões de euros, substancialmente abaixo dos 5,6 milhões registados no mesmo período de 2014.

O gestor não diz o que irá fazer: “O meu futuro é uma página em branco”. 

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