Fosun pode reforçar capital na Fidelidade

Chineses ficam com as acções que não forem vendidas aos trabalhadores da seguradora.

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Banco público fica com 15% da Fidelidade PÚBLICO

Na próxima terça-feira ficar-se-á a saber se a Fosun reforça a sua posição na Fidelidade, podendo vir a ficar com 85% do capital (contra os actuais 80%).

Na sequência da privatização da maioria do capital da seguradora, a lei impõe que haja uma fatia destinada aos trabalhadores da empresa. São 5% das acções, com direito a um desconto de 5%. Embora a alienação à Fosun tenha sido concluída em Maio, só agora está a decorrer a Oferta Pública de Venda (OPV) destinada aos trabalhadores. 

Neste caso, isso quer dizer que as acções (6.050.000 títulos) estão a ser disponibilizadas a 9,62 euros cada uma. Quem tiver comprado (o prazo para as ordens de compra acabou esta sexta-feira às 15h) fica agora não só accionista da seguradora que lidera o mercado nacional (nos ramos vida e não vida), mas também de um grupo que passa a incluir uma vasta rede de unidades de saúde, com destaque para o Hospital da Luz e para o Hospital Beatriz Ângelo (situado em Loures e gerido em regime de PPP).

Todas as acções que não forem adquiridas pelos trabalhadores vão, obrigatoriamente, para as mãos da Fosun. Nesse caso, não há direito ao desconto de 5%. A empresa chinesa pode também tentar, depois, comprar os títulos adquiridos pelos trabalhadores (como aconteceu no caso do BPN, por exemplo), mas só a partir de Fevereiro do ano que vem. Até lá, as acções compradas na OPV estão sujeitas a um regime de indisponibilidade.

 

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