Fernando Pinto: privatização da TAP é uma oportunidade, mas não uma necessidade

O presidente da TAP disse nesta sexta-feira que não apareceram mais candidatos à venda da companhia por causa da crise que a indústria atravessa.

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Fernando Pinto lidera a TAP há mais de dez anos Rui Gaudêncio

Numa conferência de imprensa em Lisboa, um dia depois de o Governo ter anunciado o chumbo à oferta de compra feita por Germán Efromovich, o gestor brasileiro afirmou que “a privatização é uma oportunidade importante para [a empresa] ter acesso a capital, maior velocidade de crescimento e para se posicionar ainda melhor no mercado”. Mas sublinhou que a venda “não é uma necessidade de sobrevivência”.

Fernando Pinto fez questão de referir que houve “muitos equívocos” no processo de privatização que o executivo deu por terminado na quinta-feira. “A verdade é que a TAP foi muito desejada por muitas empresas. Muitas gostariam de ter participado no processo. Posso dizer isso com conhecimento de causa”, afirmou.

O gestor, que está há mais de dez anos aos comandos da transportadora aérea do Estado, justificou o facto de ter havido só um candidato com a crise que o sector atravessa. Os investidores “não participaram porque tinham de resolver os seus problemas dentro de casa”, disse.

O presidente da TAP garantiu que a empresa seguirá com os seus planos, agora que não saiu da esfera pública. “Com reestruturações? Sim. Mas temos tido essa necessidade de reestruturar sempre, nos últimos anos”, explicou.

Fernando Pinto garantiu ainda que os resultados de 2012 vão ser melhores do que os do ano passado, em que terminou o exercício com perto de 80 milhões de euros de prejuízos. O negócio da aviação gerou lucros de 3,1 milhões nesse período.
 
 
 
 

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