Fed assinala crescimento sólido da economia, mas não sobe taxas

A autoridade monetária assinala que a economia norte-americana está a crescer a um ritmo "sólido".

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Com a economia norte-americana a expandir-se a “um ritmo sólido” e o mercado de trabalho a evidenciar uma “significativa criação de empregos”, a Reserva Federal dos Estados Unidos reiterou esta quarta-feira que continuará a ser paciente quanto ao momento em que optará por uma subida das taxas de juro de referência da instituição.

No final da primeira reunião do ano do Comité de Política Monetária e poucos dias depois de o Banco Central Europeu ter decidido avançar com um programa de compra de dívida pública dos países do euro – uma receita que a Fed concluiu no ano passado, com importantes resultados -, a autoridade liderada por Janet Yellen não deixou que se perceba quando é que irá começar a subir as taxas de juro, que estão a um nível “próximo do zero” desde o pico da Grande Recessão aberta pelo colapso do subprime e pela falência do banco Lehman Brothers.

“O comité entende que pode ser paciente a decidir avançar para a normalização da política monetária”, lê-se no documento divulgado após uma reunião de dois dias em Washington, que adopta desta vez a expressão “ritmo sólido” para descrever a evolução da economia, em claro contraste com o “ritmo moderado” a que aludia nos textos anteriores.

Concluído o programa de estímulos, normalizar a política monetária significa baixar as taxas de juro. Mas a Reserva Federal mantém uma posição prudente porque, apesar de uma situação interna confortável, o mesmo não acontece em outras zonas do globo, como a China, onde as expectativas de crescimento estão agora nos 7/7,5%, e a Europa, onde existe risco de deflação e a economia não dá sinais de regresso a níveis sustentáveis de crescimento.

Os analistas admitem que até ao final deste ano, a Fed assumirá a decisão de aumentar as taxas de juro, e muitos acreditam que isso poderá acontecer no início do próximo Outono.

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